Ontem foram anunciados vários indicadores econômicos com resultados melhores do que se previa. Hoje é a vez da ata da última reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada dias 21 e 22 de maio. Os investidores aguardam a análise da equipe econômica para avaliar as possibilidades de queda da Selic, a taxa básica referencial de juros da economia. A próxima reunião do Copom será em 18 e 19 de junho. O principal obstáculo para a redução da Selic é o quadro político. O mercado teme que o próximo presidente traga rupturas à política econômica atual, e o pré-candidato mais alinhado com o atual governo, José Serra, tem tido desempenho fraco nas pesquisas de intenção de voto. Espera-se que na próxima pesquisa registrada, do Vox Populi para o PSDB, mostre números mais favoráveis, caso contrário, o nervosismo pode voltar. Do ponto de vista econômico, as notícias foram boas, mas os mercados seguem extremamente cautelosos. Em entrevista ao repórter Francisco Carlos de Assis, o coordenador de Pesquisa de Preços da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Heron do Carmo, disse, em referência à queda da inflação, que "o comportamento da inflação este ano tem mostrado que está ficando cada vez mais fácil alcançar a meta do próximo ano". E o PIB revisto do primeiro trimestre apresentou queda menor do que o previsto, de 0,73%. A argumentação de Heron do Carmo baseia-se nos números divulgados ontem. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe referente à terceira quadrissemana de maio, ficou em 0,06%. O Índice de Preços ao Consumidor Ampliado 15 (IPCA-15) de maio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve alta de 0,42. E o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), registrou 0,83%, este menos otimista, mas ainda dentro das expectativas. Também nos Estados Unidos, os sinais são negativos. As previsões de retomada da economia ainda não se concretizaram e o mercado leva cada vez mais a sério as ameaças de novos ataques terroristas. Com isso, as bolsas vêm caindo . Ontem o dólar comercial para venda fechou a R$ 2,5260; registrando uma alta de 0,20 em relação à segunda-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia com alta de 0,24%; alcançando 12728 pontos. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em junho, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), terminaram o dia com taxas de 18,320% ao ano, frente a 18,280% ao ano negociados na segunda-feira. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.