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Mercado espera corte de apenas 0,25 no juro, mostra pesquisa

Por Agencia Estado
Atualização:

As instituições financeiras ouvidas na pesquisa semanal do Banco Central chegaram às vésperas da reunião mensal do Copom com as apostas centradas em torno da expectativa de um corte de apenas 0,25 ponto porcentual. (A reunião do Copom acontece amanhã e quarta-feira.) A redução, de acordo com os dados do levantamento divulgado nesta manhã, levaria a taxa anualizada dos atuais 16,25% para 16%. Uma redução maior dos juros, na visão dos bancos consultados, viria em maio, quando a taxa definida pelo Copom poderia recuar de 16% para 15,50% ao ano, com queda de 0,50 ponto porcentual. Feita a diminuição, o mercado espera que as taxas diminuam somente 0,50 ponto porcentual no restante do ano, que terminaria com uma taxa de juros de 14% e média de 15,18%. Para 2005, o cenário contido na pesquisa é de uma queda dos juros de apenas 1,50 ponto porcentual ao longo de todo o ano. Com isso, a taxa Selic fecharia o próximo ano em 12,50%, que corresponderia a um juro médio de 13,20%. IPCA As estimativas de mercado para o IPCA deste ano subiram de 6% para 6,06% na pesquisa semanal do BC. A elevação, apesar de pequena, deixa a projeção um pouco mais distante do centro da meta de 5,5% perseguida pelo Copom. As previsões de IPCA para 2005, por sua vez, ficaram estáveis pela quadragésima semana em 5%, ante centro da meta de 4,5% já fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As expectativas de IPCA em 12 meses à frente recuaram, na mesma pesquisa, de 5,55% para 5,48%. Apesar da diminuição, o porcentual estimado encontra-se 0,23 ponto porcentual acima dos 5,25% da trajetória das metas. Para o mês em curso, as previsões de IPCA aumentaram de 0,41% para 0,44%, e as estimativas para maio ficaram em 0,35%, apontando para uma possibilidade de recuo da inflação no próximo mês. A pesquisa identificou ainda uma redução das previsões de reajuste dos preços administrados neste ano de 7,20% para 7,17%. Para 2005, as previsões de reajuste ficaram estáveis em 6%. Câmbio As previsões de mercado para a taxa de câmbio no final de 2005 recuaram de R$ 3,21 para R$ 3,20 na pesquisa semanal do BC. A taxa média de câmbio estimada para o próximo ano, entretanto, ficou estável nos mesmos R$ 3,15 do levantamento divulgado na semana passada. Para o fim do ano em curso, as instituições financeiras ouvidas na pesquisa mantiveram a aposta de câmbio a R$ 3,05, com taxa média correspondendo a R$ 2,96. As estimativas de câmbio para o final do corrente mês recuaram, por sua vez, de R$ 2,92 para R$ 2,91, e as previsões para o final de maio ficaram em R$ 2,92. Crescimento do PIB As projeções de mercado para o crescimento do PIB em 2005 recuaram de 3,70% para 3,60% na pesquisa semanal feita pelo BC. Mesmo com o recuo, as previsões de investimento estrangeiro direto (IED) no próximo ano ficaram estáveis em US$ 15 bilhões. Para o corrente ano, as previsões de crescimento continuaram em 3,50%, mesmo porcentual projetado pelo BC em seu último Relatório de Inflação. As previsões de IED também não se alteraram, e continuaram em US$ 13 bilhões. Relação dívida-PIB As estimativas de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano ficaram estáveis em 56,50% do PIB em pesquisa semanal do BC. As projeções para 2005 seguiram a mesma tendência de estabilidade e ficaram nos mesmos 54,90% do PIB do levantamento divulgado na semana passada. As previsões de superávit primário para este e o próximo ano, por sua vez, continuaram nos mesmos 4,25% do PIB para ambos os períodos. Superávit comercial As previsões de mercado para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 24,24 bilhões para US$ 24,90 bilhões na pesquisa semanal do BC. Apesar da alta, as projeções de superávit em conta corrente do balanço de pagamentos do ano em curso ficaram estáveis em US$ 1,20 bilhão. Para 2005, as estimativas de superávit da balança comercial aumentaram de US$ 21,10 bilhões para US$ 22 bilhões. Apesar disto, as previsões de déficit em conta corrente para o mesmo período de tempo foram elevadas de US$ 2,10 bilhões para US$ 2,22 bilhões.

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