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Mercado espera mais um aumento de juros e depois estabilidade

Por Agencia Estado
Atualização:

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje veio muito menos draconiano do que a de janeiro. Para alguns analistas, veio até com um viés otimista, diante do fato de ter relatado que os riscos que levaram o Copom a cogitar um ritmo maior para a alta Selic, a taxa básica de juros da economia, em janeiro não estão se confirmando e que um cenário mais benigno começa a se delinear. A ata do Copom ainda manteve a sinalização de que o ajuste da Selic poderá continuar, mas agradou o mercado ao dizer que o nível ideal para a convergência das metas com a inflação está próximo - no próximo ano a meta a ser perseguida pelo banco Central é de 5,1%. Isto foi interpretado como sinal de que no máximo a Selic será elevada em uma vez, provavelmente em 0,25 ponto porcentual. Com isso, a taxa passaria de 18,75% para 19% ao ano. Ressalvas Como boa autoridade monetária, o BC não deixou de colocar ressalvas conservadoras na ata. Após dizer que a decisão traz a Selic para "nível próximo" ao que promoverá a convergência inflação/meta, o BC coloca duas condicionantes. A primeira é a de que depende de o cenário benigno se confirmar. A segunda destaca que depende "da percepção por parte dos agentes econômicos de que após a conclusão desse processo a taxa de juros será mantida por um período suficientemente longo de tempo". Estas ressalvas sugerem que o BC quis se adiantar ao que poderia ser um risco para sua política - o risco de o mercado embarcar numa euforia desmedida nos juros, derrubando fortemente as taxas mais longas e adiantando as apostas não só na interrupção da alta da Selic mas também na retomada dos cortes.

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