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Mercado está se normalizando, diz Fenabrave

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Por Redação
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O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flavio Meneghetti, reconhece que, nos três primeiros meses após o corte do IPI, o mercado de usados parou. Agora, segundo ele, está se normalizando e, em algumas concessionárias, "há falta de usados no estoque".De janeiro até metade de abril foram vendidos em todo o País 2,49 milhões de automóveis e comerciais leves usados, 1, 7% a mais que em igual período de 2012, segundo dados da Fenabrave. As vendas de novos cresceram 4,5% no mesmo período, para 948,2 mil unidades. A média é de 2,6 usados para cada novo comercializado.Em 2004, quando a Fenabrave iniciou a publicação de suas estatísticas, a relação era de 4,8 usados para cada novo vendido. "A mudança se deve, em parte, à facilidade do crédito e às promoções para os novos", justifica Meneghetti. Ele acredita que a paridade atual será mantida daqui para a frente.Airbag e ABS. Na opinião de Vitor Meizikas, analista de mercado da Molicar, a tendência é de os preços dos veículos usados continuarem se desvalorizando. Hoje, as montadoras promovem atualizações nos modelos em intervalo de tempo muito inferior ao de alguns anos atrás. Cada mudança, ainda que pequena, puxa ainda mais para baixo o valor da versão anterior.Meizikas ressalta que, a partir de janeiro do próximo ano, será obrigatório que todos os veículos novos fabricados no País sejam equipados com airbag e sistema de freios ABS. "Certamente os modelos usados sem esses itens de segurança terão maior depreciação."Ele lembra que movimento similar ocorreu com a chegada dos automóveis flex, há dez anos. Naquela época, a nova tecnologia resultou em depreciação significativa dos preços dos modelos movidos apenas a gasolina.Meneghetti discorda. "São fenômenos diferentes pois, no caso do carro flex, havia a opção de abastecer com o combustível mais barato, no caso o etanol; já o airbag e o ABS não interferem no custo diário do uso do automóvel." / C.S.

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