PUBLICIDADE

Publicidade

Mercado estará atento às reformas

Por Agencia Estado
Atualização:

A semana que começa, embora mais uma vez curta por causa do feriado do Dia do Trabalho na quinta-feira, está com uma agenda carregada para o mercado financeiro. A atenção dos investidores estará dividida entre as propostas de reforma previdenciária e tributária que chegam ao Congresso na quarta-feira e a divulgação de indicadores de comportamento de preços. O interesse pela agenda política ficará reforçada a partir de agora, com a discussão dos projetos de reforma, e os trabalhos no Congresso devem influenciar mais acentuadamente o rumo dos mercados. Segundo o diretor de Tesouraria do Banco Santos, Clive Botelho, o mercado financeiro estará acompanhando a discussão das propostas e também a reação do Judiciário nas questões polêmicas. A tramitação das reformas vai levar meses e o resultado de boa parte das mudanças não será imediato, mas o efeito sobre as expectativas será positivo se o governo for bem-sucedido no Congresso. "A reforma da Previdência é muito importante para alterar a visão de risco do País", comenta Botelho. Uma perspectiva de redução do déficit público, pelo corte de despesas com a Previdência, tende a levar à redução do prêmio de risco país, uma taxa adicional sobre os juros que os investidores exigem para aplicar no País. Juros - O comportamento dos indicadores de inflação será outro foco do mercado, que reforçou a expectativa de queda dos juros a partir de meados do ano depois que a Petrobras anunciou, semana passada, redução no preço dos combustíveis. Os investidores querem saber qual o tamanho da redução para avaliar o impacto nos índices de inflação, diz o executivo do Banco Santos. Mas, animados com o efeito positivo do recuo do dólar e da novidade da Petrobras sobre a inflação, os juros futuros embutidos em todos os contratos negociados na BM&F passaram a correr bastante abaixo do juro overnight (taxa Selic) de 26,50% ao ano. O juro projetado pelo contrato de DI de janeiro fechou sexta-feira em 24,27%; DI de outubro, 24,67%; e DI de julho, o mais negociado, 25,68%. A divulgação de indicadores de inflação começa nesta segunda-feira, quando será conhecida a medida pelo IPC da Fipe na terceira quadrissemana de abril, projetada pelo mercado entre 0 75% e 0,90%. Terça-feira, será anunciada a inflação de abril pelo IGP-M, estimada em torno de 1%. Na sexta-feira, depois do feriado, será conhecida a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) com explicações sobre a manutenção do juro básico em 26,50% e a retirada do viés (tendência) de alta. O mercado de câmbio estará acompanhando amanhã a divulgação do resultado da balança comercial apurado na quarta semana deste mês e, na sexta-feira, do saldo fechado de abril.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.