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Mercado eufórico: Bolsa e risco Brasil batem recorde

Além da queda do preço do barril do petróleo e a alta das Bolsas nos Estados Unidos em reação ao enfraquecimento do furação Rita, fatores internos também animam o mercado.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) bateu novo recorde de pontos hoje, atingindo 31.294 pontos no fechamento, com alta de 2,01%. Esta foi a terceira vez nesta semana que a bolsa supera seu nível histórico. A Bolsa também registrou recorde de pontuação durante o pregão (intraday), atingindo a máxima de 31.370 pontos. O volume financeiro somou R$ 2,096 bilhões, com forte presença de investidores estrangeiros e concentração de compras em ações do segmento de telecomunicações. Entre as ações que compõem o Ibovespa - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa -, as preferenciais (PN, sem direito a voto) da Brasil Telecom registraram a maior alta (12,30%). As ordinárias (ON, com direito a voto) da Brasil Telecom Participações vieram em seguida, com alta de 10,48%. A alta de hoje, além de ser alimentada pela forte entrada do capital estrangeiro e pelos bons fundamentos da economia brasileira, é impulsionada pela notícia de que Telecom Itália, Citibank e fundos de pensão teriam chegado próximo a um acordo sobre a venda do controle da Brasil Telecom aos italianos, o que poderia colocar um ponto final numa disputa societária que se arrasta nas Justiça há cinco anos. Segundo o site da revista Exame, a hipótese mais provável é que a Telecom Itália compre 100% da participação do Citibank na Brasil Telecom e apenas 30% da parte dos fundos de pensão, que venderiam o restante num prazo de até cinco anos. De acordo com a Exame, ainda não há definição de valores, mas, pelo acordo de venda conjunta firmada entre o banco americano e os fundos, o piso seria de R$ 1 bilhão. Risco Brasil e dólar O risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País fechou em 355 pontos, o nível mais baixo desde 22 de outubro de 1997. Para se ter uma idéia, pouco antes da posse do Luiz Inácio Lula da Sila, o risco Brasil estava em 12 mil pontos. O risco Brasil representa a taxa que os investidores estrangeiros pedem para negociar os títulos brasileiros. Neste patamar, o prêmio é de 3,55 pontos porcentuais acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados sem risco. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,2660 na ponta de venda das operações, em baixa de 0,44% em relação aos últimos negócios de ontem. Trata-se do patamar mais baixo desde 10 de maio de 2001, quando a moeda norte-americana encerrou o dia em R$ 2,2580. Mercado eufórico Além da queda do preço do barril do petróleo e a alta das Bolsas nos Estados Unidos em reação ao enfraquecimento do furação Rita, fatores internos também animam o mercado. No câmbio, o fluxo financeiro positivo também favoreceu o recuo das cotações. Hoje, o Bradesco concluiu uma emissão externa de US$ 100 milhões e o Banco Cruzeiro do Sul, de US$ 30 milhões. O mercado de juros também reagiu positivamente às declarações do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, sobre a ata da reunião do Copom deste mês. Palocci disse que a ata foi clara ao indicar uma política monetária menos restritiva.

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