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Mercado fecha o ano com otimismo e calma

Em mais um dia de poucos negócios por conta dos feriados, os mercados seguem ligeiramente otimistas. Mesmo assim, o bom humor do início do dia perdeu força, e os negócios apresentam agora maior estabilidade em relação aos fechamentos de ontem.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados passaram este último dia útil do ano realizando poucas transações e com otimismo moderado, embora perdendo a força desde o início dos negócios. Há um sentimento de bom humor generalizado no mercado. A crise da Argentina aponta horizontes mais claros (ainda que desperte cautela), e não tem afetado os investidores no Brasil, o racionamento de energia começa a perder força em virtude das fortes chuvas e o fantasma de possíveis efeitos catastróficos do atentado nos Estados Unidos não se confirmou. E os analistas estão mais otimistas para o primeiro trimestre do ano que vem, quando as incertezas geradas pelas eleições, acredita-se, ainda não afetará tanto o mercado. Especialmente porque o governo sinaliza para a possibilidade de queda nos juros já no início do ano. O otimismo no mercado em relação ao rumo da política monetária, que vem crescendo nos últimos dias em função da revisão das projeções de inflação para o próximo ano, foi confirmado no relatório de inflação, divulgado pelo Banco Central nesta manhã. De acordo com o relatório, confirmada a expectativa de inflação para 2003, então é possível prever futuras reduções da taxa Selic nos próximos anos. O relatório do BC também coloca a crise Argentina como uma das principais fontes de incerteza para a economia brasileira, juntamente com o ambiente de desaceleração econômica global - ingredientes que poderiam gerar desvalorização cambial. Mas operadores destacam que se o FMI se propôs, enfim, a negociar com o país, então é possível dizer que o cenário é ainda mais promissor para 2002 e que, portanto, não há razão para manter o juro em 19% por muito tempo. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as regras de transição para o aumento da alíquota do I.R. de 10% para 20% dos ganhos em renda variável, explicadas ontem pela Receita, acabaram impedindo um movimento de venda para quem poderia querer fugir da alta. Mas não chega a ser uma notícia positiva para a Bolsa. O mesmo vale para a prometida isenção da CPMF: último dia do ano e, até agora, nenhuma novidade de Brasília. Vale lembrar que, caso não haja nenhuma cataclisma até o final do dia, dezembro será o terceiro mês consecutivo de resultado positivo para a Bovespa. O índice acumula no mês alta superior aos 6%. Em outubro, subiu 6,85% e em novembro 13,79%. Ainda que no ano a queda do Ibovespa supere os 9%, as recuperações mês a mês da Bolsa vem animando os operadores. "Para um ano doido como este, estamos tendo um encerramento muito bom para a Bolsa", comenta um diretor de banco. Bolsa de Buenos Aires reabre Hoje, a Bolsa de Buenos Aires retomou suas operações após quatro dias de interrupção. No início da tarde, o índice Merval retrocedia 8,1%, com a forte pressão de vendas de ações que haviam acumulado ganhos significativos nas sessões anteriores ao feriado bancário parcial, como a Pérez Companc. Indicadores econômicos positivos nos EUA Vários dados econômicos saíram hoje nos EUA. O mais positivo deles foi o da Conference Board, que revelou que o índice de confiança dos consumidores subiu para 93,7 em dezembro, de um nível revisado de 84,9 em novembro. Enquanto o índice referente às condições atuais teve uma melhora marginal, o dado sobre expectativa deu um salto, passando de 77,3 em novembro para 91,5 em dezembro. Entre os dados desta manhã, o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 7 mil, para 392 mil, bem abaixo da previsão, que era de 400 mil pedidos, 16 mil a mais do que na semana antecedente. Para completar, as encomendas de bens duráveis caíram 4,8% em novembro, abaixo do esperado, enquanto as vendas de imóveis residenciais novos tiveram um inesperado crescimento de 6,4% em novembro. Números dos mercados Às 15h, o dólar comercial para venda estava cotado a R$ 2,3200, com queda de 0,51%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano -pagavam juros de 19,540% ao ano, frente a 19,508% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em queda de 0,01%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires apontava queda de 9,51%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em alta de 0,02%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - operava em alta de 0,65%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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