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Mercado fica na defensiva com Palocci

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados ficaram na defensiva nesta sexta-feira. As acusações da oposição contra o ministro Antonio Palocci e rumores de que reportagens no fim de semana poderiam ser negativas à sua imagem levaram os investidores a adotar uma atitude de cautela. Depois de seis quedas consecutivas, o dólar fechou em alta hoje, cotado a R$ 2,1260 - no patamar máximo do dia, em alta de 0,76%. O movimento do dólar hoje acontece depois de a moeda norte-americana atingir ontem o menor nível em cinco anos (a R$ 2,1080). Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os estrangeiros continuam fora dos negócios. Portanto, o volume operado está reduzido. Depois de muita oscilação, o Índice Bovespa fechou em baixa de 0,28%, com 38.049 pontos. Operou entre a máxima de 38.268 pontos (+0,29%) e a mínima de 37.769 pontos (-1,02%). Com esse resultado, a bolsa passou a acumular queda de 1,45% em março e alta de 13,73% em 2006. O movimento financeiro ficou em apenas R$ 1,763 bilhão. Hoje, o presidente Lula reafirmou seu apoio à permanência de Palocci na Fazenda. O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que Palocci exerce papel fundamental para a economia. E vários ministros, como Luiz Fernando Furlan (MDIC), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Paulo Bernardo (Planejamento) também saíram em defesa de Palocci. Até o deputado e ex-ministro Delfim Netto, que não é da ala governista do PMDB, avalia que a pressão crescente em cima do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, faz parte da proximidade da eleição presidencial. No entanto, se as revistas e jornais no fim de semana não confirmarem os rumores sobre eventual publicação de fatos novos bombásticos contra o ministro ou outros integrantes do governo, a perspectiva é de que o dólar poderá retomar a queda já na segunda-feira. Isso porque, os investidores monitoram as notícias políticas, mas estão olhando mais para os fundamentos da economia do País e para as oportunidades de negócios nos mercados.

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