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Mercado financeiro projeta alta maior para Selic em 2014, a 9,5%

Depois que o BC elevou a taxa básica de juros, analistas reduziram ligeiramente previsões para inflação, mas ainda esperam Selic em alta; previsão para PIB tem nona queda seguida

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - Mesmo após o Copom elevar a Selic e o IBC-Br (considerado a prévia do PIB) surpreender negativamente, analistas do mercado financeiro que participaram do relatório de mercado Focus, praticamente não mexeram nas estimativas para a taxa básica de juros.

A maior mudança foi vista para a Selic ao final de 2014, que passou de 9,25% para 9,50%. Há um mês, a mediana das previsões estava em 9,00% ao ano. O movimento de alta havia sido antecipado pelo Broadcast na semana passada, após a avaliação do comportamento das médias das estimativas para esse indicador ao final dos anos de 2013 a 2017 - limite da pesquisa divulgada pelo BC. Para 2013, a mediana das projeções se manteve em 9,25% ao ano, como no levantamento anterior e acima da taxa de 9,00% ao ano verificada um mês antes. Na média deste ano, segundo esses profissionais, os juros ficarão em 8,25% ao ano, como já era esperado na semana passada. Um mês atrás, a taxa era de 8,16%. Já para 2014, a Selic deve ficar, em média, em 9,25% como já constava da Focus anterior. Um mês antes, estava em 9,00%.Inflação: ligeira queda Depois do alívio nas projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na semana passada, o relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central, trouxe mais uma rodada de redução das estimativas para a inflação deste ano para o curto e médio prazo. A mediana para o índice de 2013 passou de 5,81% para 5,80%. Há quatro semanas estava em 5,83%. Para 2014, a mediana das previsões para o IPCA permaneceu em 5,90% como na semana anterior, mas segue mais alta do que a taxa de 5,80% vista um mês atrás. Para o curto prazo, os analistas revisaram suas estimativas para o IPCA de julho, que passou de 0,24% para 0,20%. No caso de agosto, a mudança foi de 0,31% para 0,30%. Há um mês, a mediana para estas projeções estava em 0,30% nos dois casos. Na semana passada, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central decidiu pela elevação da taxa básica de juros, a Selic, de 8% para 8,5% ao ano, na terceira alta seguida em 2013. A Focus revelou também que, no caso da mediana das estimativas suavizadas à frente para a inflação acumulada em 12 meses, houve uma pequena elevação de 5,67% para 5,68%. Há quatro semanas, estava em 5,69%. Já entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 6,02%, como uma semana antes - quatro semanas atrás, a mediana estava em 6,11%. No caso de 2014, esse mesmo grupo manteve a projeção para a inflação de 6,30%, ante uma taxa de 6,05% vista há um mês. Crescimento Analistas voltaram a revisar para baixo suas projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Esta é a nona diminuição seguida das estimativas. De acordo com o levantamento, a atividade brasileira crescerá 2,31% em 2013. Na pesquisa anterior, a projeção era de uma expansão de 2,34% e, na de quatro semanas atrás, de 2,49%. Também caiu a estimativa para o crescimento da produção industrial deste ano. Segundo a Focus, o setor deve ter expansão de 2,23% em 2013, e não mais de 2,34% como esperavam na pesquisa anterior ou de 2,50% no levantamento feito um mês atrás. Para 2014, os economistas mantiveram a projeção de expansão do PIB em 2,80%. Há um mês era aguardado em 3,20%. Da mesma forma com que ocorreu no caso de 2013, as mudanças do PIB foram influenciadas pela expectativa em relação ao setor manufatureiro. Analistas mantiveram a projeção de que o setor deverá se expandir apenas 3,00% no ano que vem, como na semana passada. Quatro semanas atrás, a mediana das estimativas para a indústria era de um crescimento de 3,20%. Câmbio O mercado financeiro manteve as projeções para a variação cambial em 2013, mas elevou as do próximo ano. Para o final deste ano, a mediana das estimativas seguiu em R$ 2,20 como na semana passada. Há um mês, estava em R$ 2,10. Sem alterações, o câmbio médio ao longo de 2013 também foi mantido em R$ 2,13. Quatro semanas atrás, estava em R$ 2,07. No caso de 2014, houve uma correção das estimativas para cima. A mediana das previsões para o dólar passou de R$ 2,22 para R$ 2,30 - há um mês estava em R$ 2,15. Com isso, o câmbio médio ao longo de 2014 passou de R$ 2,20 para R$ 2,23. Quatro semanas atrás estava em R$ 2,13.

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