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Mercado: governos tentam conter pessimismo

As bolsas em Nova York reabriram hoje em forte baixa. Mas os governos do mundo estão dedicando todos os seus esforços a conter o pessimismo dos mercados. O dólar comercial para venda caiu para R$ 2,6680, os juros do DI a termo de um ano subiram para 24,000% ao ano e a Bovespa subiu 5,08%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje reabriram as bolsas em Nova York, com as fortes quedas previstas pelos analistas. Os mercados brasileiros trabalhavam com muito pessimismo em relação à reabertura da Nasdaq e Nyse nessa segunda-feira, mas parecem ter recuperado parte das perdas da semana passada. O saldo ainda é negativo, assim como na Ásia e Europa, mas o dia foi de alívio, em grande parte por conta dos esforços institucionais em evitar que os ataques terroristas provoquem efeitos duradouros na economia. Governos do mundo inteiro estão empenhados em conter uma recessão global e o pessimismo dos mercados. Os bancos centrais dos Estados Unidos e União Européia cortaram os juros básicos em 0,5 ponto porcentual. A própria Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmou hoje que não deixará que os preços internacionais do petróleo subam. E o governo norte-americano modificou normas de funcionamento do mercado acionário para conter oscilações nas cotações e permitir que empresas recomprem suas próprias ações, evitando que caiam excessivamente. É consenso em Washington que as empresas aéreas, que sofreram fortes perdas depois de quase uma semana de operações suspensas, tenham uma compensação financeira para evitar falências e demissões. As ações do setor estão entre as que mais caíram hoje, e já foram anunciados vários cortes de funcionários, prevendo-se ainda uma queda no volume de passageiros. O governo também cogita reduções nos impostos e novas quedas nos juros, entre outras medidas de estímulo econômico. Também no Brasil, a autoridade monetária realizou várias intervenções nos mercados na semana passada, principalmente vendendo dólares, mas não se espera quedas de juros aqui. O próprio presidente do Banco Central, Armínio Fraga, em entrevista tentando tranqüilizar os investidores, negou que haja espaço para redução da Selic, a taxa básica referencial de juros da economia. A melhor notícia foi que a balança comercial da segunda semana de setembro apresentou superávit. As exportações, no acumulado do ano, superam as importações em US$ 779 milhões. Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,6680, com queda de 0,26%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 24,000% ao ano, frente a 25,120% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 5,08%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 0,58%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 7,13%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 6,83%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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