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Mercado imobiliário paulista acelerou a retomada, diz presidente da Brasil Brokers

Para o executivo, segundo semestre do ano será melhor que o primeiro e queda dos juros contribui para o aumento das vendas

Por Renée Pereira
Atualização:

O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), Claudio Hermolin, presidente da Brasil Brokers, afirma que, depois do tombo entre 2014 e 2017, o mercado imobiliário começa a retomar em algumas regiões do País, como São Paulo. No primeiro semestre deste ano, o crescimento no Estado foi de 50%, diz ele. “Desde o fim de 2017, o mercado paulista vem demonstrando reação e neste ano acelerou a retomada.”

Para Claúdio Hermolin, segundo semestre será mais agressivo que o primeiro Foto: Wilton Júnior/Estadão

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Quais as perspectivas do mercado imobiliário neste ano?

Olhando o mercado como um todo, acredito que teremos um segundo semestre mais aquecido que o primeiro. O mercado de São Paulo já vem mostrando reações de retomada desde o final de 2017. Quando olhamos no Rio, porém, a queda permaneceu em 2017 e 2018 e os sinais de retomada só surgiram no último trimestre de 2018, com 12 meses de diferença em relação em São Paulo. O ano de 2018 foi um ano de consolidação em São Paulo e 2019 tem sido de aceleração da retomada. Só no primeiro semestre, o crescimento foi de 50%.

Mas o que explica esse crescimento já que a economia ainda está fraca?

O mercado imobiliário pode ser dividido em três grandes grupos. Um do Minha Casa Minha Vida (MCMV), com produtos de até R$ 240 mil (nas metrópoles); do Sistema Financeiro Habitacional (SFH), de R$ 240 mil até R$ 1,5 milhão; e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), para produtos com preços acima de R$ 1,5 milhão. Onde a retomada está ocorrendo? O MCMV praticamente passou ao largo da crise porque é um segmento onde o déficit habitacional é muito alto. A retomada de hoje está concentrada principalmente no mercado do SFI, acima de R$ 1,5 milhão.

Quem é esse comprador?

É o comprador do MCMV ou do SFI. O do SFI é o comprador que já tinha os recursos ou parte deles, mas não tinha coragem e uma visão de futuro para tomar uma decisão de investimento. Quando ele vê as reformas estruturais ocorrendo, um cenário de médio e longo prazos em termos de redução ou manutenção dos juros, ele toma decisão de compra.

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E o consumidor intermediário?

O consumidor do SFH, cujo público é a classe média, ainda não voltou. Esse público não teve a volta do emprego e a estabilidade da renda. Por outro lado, a queda de juros tem feito um grupo de consumidores voltar a comprar imóveis como forma de investimento para remunerar o capital. 

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