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Inflação e juros devem afetar ciclo de expansão do mercado imobiliário no 2º semestre

Em painel sobre as perspectivas para o setor realizado durante o prêmio Top Imobiliário, nesta quinta-feira, 30, especialistas afirmaram que dificuldades de curto prazo não devem atrapalhar o futuro da construção civil no País

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Por Wesley Gonsalves
Atualização:

O mercado imobiliário terá de lidar com uma lista de pressões durante o segundo semestre de 2022. As eleições presidenciais, a alta na inflação, o aumento na taxa básica de juros e a continuidade da guerra na Ucrânia devem atrapalhar o ciclo de crescimento em que o setor se encontrava no País.

Painel sobre Perspectivas Para o Mercado Imobiliário faz parte da 29.ª edição do prêmio Top Imobiliário, uma parceria do Estadão e da Embraesp. Foto: Divulgação

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Apesar das dificuldades no curto prazo, investidores se mantêm confiantes com o futuro da construção civil no Brasil, conforme avaliam os especialistas no painel sobre Perspectivas Para o Mercado Imobiliário da 29.ª edição do prêmio Top Imobiliário, que é realizada pelo Estadão em parceria com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Mediado pelo jornalista Circe Bonatelli, da Agência Estado, o encontro virtual teve a participação dacoordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, dopesquisador da Fipe e sócio da Kognita, Eduardo Zylberstajn, e daeconomista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos. 

Com impacto direto nos financiamentos imobiliários, o ciclo de altas na taxa básica de juros do Banco Central é um dos pontos a partir de julho. Para a coordenadora de projetos da construção da FGV, o segmento de baixa renda deve ser o mais afetado, já que esse cliente é mais sensível aos repasses de custos. “As perspectivas decontinuidade desse ciclo de crescimento estão em xeque, sustentá-lo será bastante complicado”, avalia Ana Maria.

Pressões domésticas e externas 

Na opinião da economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a confluência de pressões domésticas e do cenário de crise global pode reduzir o número de novos empreendimentos imobiliários. “Nos preocupa a questão dos juros e o arrefecimento que isso pode causar na economia tanto no segundo semestre quanto no começo do próximo ano", comenta Ieda.

A proximidade das eleições presidenciais e o cenário de polarização também têm potencial para afetar os negócios. De acordo com os especialistas, independentemente dos resultados do pleito de 2022, o cenário de alta nos juros básicos só deve ser suspenso no fim do ano. “Seja Lula ou Bolsonaro, apesar de muito diferentes, nós teremos um cenário de inflação”, afirma o pesquisador da Fipe e sócio da Kognita.

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Prêmio

Além de debater sobre os rumos dos negócios na construção civil, o evento também revelou divulgar a lista das 30 empresas mais reconhecidas do setor. A premiação do 29.ª do Top Imobiliário foi dividida em três categorias.

Confira os vencedores de cada categoria:

Incorporadora:

1° CYRELA BRAZIL REALTY 2° TENDA  3° PLANO & PLANO  4° CURY  5° MITRE  6° KALLAS  7° ONE 8° ECON  9° DIÁLOGO  10° TRISUL

Vendedora:

1° LOPES  2° SELLER E VIVAZ  3° ABYARA BROKERS  4° TENDA  5° CURY  6° PLANO & VENDAS  7° FERNANDEZ MERA  8° ECON  9° TRISUL  10° INNOVA

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Construtora:

1° TENDA  2° CYRELA BRAZIL REALTY  3° PLANO & PLANO 4° CURY  5° KALLAS  6° P4 ENGENHARIA  7° ECON  8° MITRE  9° MRV  10° DIÁLOGO