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Mercado: incertezas externas retraem negócios

A situação na Argentina e na Turquia e a apreensão dos investidores quanto ao desaquecimento da economia nos EUA reduzem o volume de negócios no mercado financeiro. A Bovespa negociou apenas R$ 50 milhões na primeira parte do pregão.

Por Agencia Estado
Atualização:

A falta de negócios nessa manhã na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou ao extremo. Na primeira parte do pregão, o total ficou restrito a R$ 50 milhões. Analistas afirmam que o cenário externo é o grande responsável pela falta de liquidez. Há pouco a Bovespa operava em queda de 0,95%. No mercado de juros e câmbio, os negócios também estão muito reduzidos. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 18,280% ao ano, frente a 18,230% ao ano ontem. O dólar comercial está cotado a R$ 1,9840 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,51% em relação aos últimos negócios de sexta-feira. Na Argentina, continua o impasse em relação ao pacote de ajuda externa ao país. Na sexta-feira, o governo sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados para a aprovação do Orçamento de 2001 e a expectativa é de que o Senado também ofereça resistência. Vale lembrar que a aprovação do Orçamento - com os cortes de gastos - é condição para o recebimento da ajuda financeira. Também na Turquia, o clima é de espera por uma definição, por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) para um pacote de ajuda externa. Apesar da chegada da equipe do Fundo ao país e da demonstração de disposição de apoio, os investidores continuam apreensivos. Nos Estados Unidos, prosseguem as discussões sobre a desaceleração da economia norte-americana. Os investidores acompanham cada indicador econômico divulgado, para que se tenha uma definição sobre os rumos da economia dos EUA. Desde meados do ano passado, o banco central norte-americano vem elevando as taxas de juros com o objetivo de conter o aquecimento da atividade econômica e impedir a alta da inflação. No próximo dia 19, integrantes do FED reúnem-se novamente para reavaliar as taxas de juros do país, que já subiram de 4,75% ao ano para 6,5% ao ano.

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