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Mercado interno reage bem; bolsas em alta

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de juros futuros assimilou bem o relatório trimestral de inflação divulgado hoje pelo Banco Central. As principais taxas na BM&F passaram a maior parte do dia com discreto recuo, mas acabaram fechando em leve alta. Como previam os analistas, a projeção do BC para o IPCA de 2005 caiu de 5,6% para 5,3%, considerando o cenário de referência com Selic e câmbio constantes a 17,75% e R$ 2,75, respectivamente. A projeção é bem diferente, no entanto, quando o BC considera o cenário de mercado, que leva em conta juros médios no último trimestre do próximo ano de 15,75% e o câmbio médio de R$ 2,99. Dólar - O dólar comercial subiu após o leilão de compra realizado pelo Banco Central por volta do meio-dia, mas perdeu fôlego perto do fim dos negócios. As cotações à vista também foram sustentadas momentaneamente à tarde pelo fluxo comercial negativo, o avanço do risco Brasil para 381 pontos base (alta de 4 pontos) e a ligeira recuperação do dólar ante o euro no mercado internacional, após o anúncio do aumento da confiança do consumidor nos Estados Unidos em dezembro para 102,3, ante expectativa de que chegaria a 94,0. Na máxima, o dólar comercial foi negociado a R$ 2,694, alta de 0,15%. No fechamento, exibia estabilidade, cotado a R$ 2,69 - valor equivalente à taxa de corte do BC no leilão de compra de hoje. Neste mês, o dólar à vista acumula queda de 0,99% ante o real e, no ano, a desvalorização contabilizada pela moeda americana é de 7,34%. O giro financeiro total à vista diminuiu 41%, para cerca de US$ 1,128 bilhão. No mercado internacional, às 17h45, o euro era negociado a US$ 1,3605, em baixa de 0,10%. Na máxima até esse horário, a moeda européia atingiu US$ 1,3647 (+0,21%) e na mínima, US$ 1,3587 (-0,23%). Ainda assim, neste mês, o euro acumula ganho de 2,38% ante o dólar e, no ano, 8,05%. Bolsa de Nova York - Os mercados financeiros norte-americanos responderam positivamente à divulgação de inesperada melhora no índice que avalia a confiança dos consumidores na economia dos EUA. O Conference Board informou hoje que o índice subiu para 102,3 em dezembro, superando as previsões de que avançaria a 94. Ainda, o índice de novembro foi revisado em alta. Os ganhos das bolsas norte-americanas foram ampliados após o indicador e o dólar conseguiu livrar-se de parte da pressão com que vem operando desde a abertura. O juro do note de 10 anos, por sua vez, foi projetado para acima do nível praticado antes do dado. Às 13h14 (de Brasília), o Dow Jones somava 0,54% de valorização e o Nasdaq, 0,59%. O juro do note de 10 anos subia para 4,3328%, de 4,30% antes do dado. O dólar voltava a operar estável em relação ao iene, depois de ganhar certa vantagem na seqüência do indicador. O euro teve seus ganhos reduzidos, mas também já devolvia o movimento. No mesmo horário acima, o dólar operava em 103,02 ienes, de 103,03 ienes antes do indicador; o euro valia US$ 1,3635, de US$ 1,3635 antes. Bolsa de Madri - O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, fechou em alta de 26,40 pontos (0,29%), em 9.077,10 pontos. A alta foi atribuída à influência da abertura positiva das Bolsas dos EUA, após a divulgação do índice de confiança do consumidor da Conference Board. Segundo os analistas da Urquijo Bolsa y Valores, a alta foi limitada por causa do avanço do euro frente ao dólar. Bolsa de Paris - O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 7,14 pontos (0,19%), em 3.824,83 pontos. O mercado operou boa parte do pregão em leve queda, mas passou a subir em reação ao índice de confiança do consumidor dos EUA. A alta foi liderada pelas ações da Alcatel, que subiram 2,26% em reação a previsões otimistas sobre as vendas de equipamentos para comunicações de banda larga em 2005. As da CapGemini caíram 1,09%, devido ao temor de que a alta do euro frente ao dólar prejudique suas vendas. Bolsa de Frankfurt - As bolsas européias operam praticamente de lado, com a apreciação do euro limitando o movimento. A moeda estabeleceu nova máxima histórica ante o dólar mais cedo, chegando a US$ 1,3642. O volume de negócios era modesto, já que parte do mercado prolongou o feriado de Natal. Às 10h20 (de Brasília), o índice CAC-40, de Paris, caía 0,12%; e o Xetra-DAX, de Frankfurt, subia 0,28%. A Bolsa de Londres permanece fechada, por conta do feriado. As companhias ainda dizem não ser possível avaliar por completo os números de pedidos de seguro provenientes do sul da Ásia, atingido por ondas gigantes provocadas por um terremoto no Oceano Índico. Mas forma-se um consenso de que os prejuízos serão inferiores aos provocados pelos furacões que atingiram os EUA neste ano. Mas os papéis da empresa alemã de turismo TUI cederam 1,5%, apesar de a companhia dizer que os prejuízos obtidos com o desastre na Ásia serão reduzidos. As informações são das agências internacionais e da Dow Jones.

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