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Mercado já aposta em novo corte de 0,25 ponto nos juros

Analistas acreditam que o ritmo de corte na Selic será mantido no próximo mês

Por Agencia Estado
Atualização:

Analistas e economistas do mercado brasileiro já apostam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manterá o ritmo do corte da taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 12,75% ao ano), em 0,25 ponto percentual em abril. Pesquisa feita pelo próprio BC, divulgada nesta segunda-feira, 12, mostra que os analistas esperam que a Selic seja reduzida para 12,50% na reunião do Copom de abril, o que representaria um novo corte de 0,25 ponto percentual em relação à atual taxa. A nova projeção para a Selic foi estabelecida antes mesmo da divulgação da ata da última reunião do Copom, que será conhecida na quinta-feira, 15. Na semana passada, o Comitê decidiu por unanimidade cortar a Selic para 12,75%, a 14ª redução do juro desde setembro de 2005. No cenário de longo prazo, as projeções para a taxa de juros da economia do país se mantiveram em 11,50%, para o fechamento deste ano, e em 10,50%, para o encerramento de 2008. Inflação A pesquisa revela ainda mais uma redução da projeção para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2007, que passou de 3,88% para 3,87%. Para 2008, as estimativas ainda apontam uma alta de 4% no índice utilizado pelo governo para balizar a política de metas de inflação. Tanto para 2007 quanto para 2008, as projeções feitas pelos analistas estão abaixo do centro da meta fixada pelo governo, que é de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. Ainda sobre índices de inflação, a pesquisa divulgou as projeções para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), de 4,01% neste ano e 4% em 2008, e para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), 4,08% em 2007 e 4,03% no ano que vem. Para a alta de preços em São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe), a expectativa é 3,88% neste ano, e 3,89% em 2008. PIB Para a economia como um todo, o cenário traçado pelos analistas não sofreu alterações. As projeções indicam que o mercado continua apostando que o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve crescer 3,50%, tanto neste ano quanto no próximo. Ainda segundo a pesquisa, a taxa de câmbio no final do ano deve ficar em R$ 2,15, e a taxa média em 2007 em R$ 2,13. Para o final de 2008, as projeções de câmbio ficaram estáveis em R$ 2,22. As projeções de taxa média de câmbio para o ano que vem também não mudaram e permaneceram estáveis em R$ 2,19. Balança As projeções do mercado financeiro para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 39 bilhões para US$ 39,3 bilhões. As estimativas de superávit em conta corrente para este ano, por sua vez, ficaram estáveis em US$ 8 bilhões. Para 2008, as projeções de superávit da balança comercial continuaram estáveis em US$ 35,50 bilhões. As estimativas de superávit em conta corrente para o próximo ano, por sua vez, recuaram de US$ 4,70 bilhões para US$ 4,50 bilhões. Já a dívida líquida do setor público neste ano deve ficar em 48,84% do PIB, segundo os analistas. Para 2008, as estimativas de mercado para a dívida líquida ficaram estáveis em 47% do PIB pela sexta semana consecutiva. As projeções para o superávit primário do setor público neste ano ficaram estáveis em 4% do PIB. O porcentual estimado é menor que a meta de 4,25% do PIB. O número, entretanto, é maior que os 3,75% do PIB admitidos na hipótese dos gastos com o PPI alcançarem a marca dos 0,5% do PIB neste ano. Para 2008, as estimativa de superávit primário caíram de 3,88% para 3,85% do PIB. Investimento O fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano, segundo a pesquisa, deve ficar em US$ 18 bilhões. Para 2008, as estimativas de fluxo de IED recuaram de US$ 18,20 bilhões para US$ 18 bilhões. Matéria alterada às 10h49 para acréscimo de informações com Gustavo Freire

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