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Mercado mais tranqüilo com Argentina e Copom

Ontem foi mais um dia de recuperação nos mercados brasileiros. Os investidores estavam muito pessimistas com o pacote de ajustes que deve ser anunciado amanhã e refizeram suas apostas. As previsões sobre o Copom mantém-se; a Selic deve permanecer em 19% ao ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) encerra sua reunião mensal para reavaliar a Selic - a taxa básica de juros da economia. Mas, como a maioria dos analistas apostam na manutenção da taxa nos atuais 19% ao ano, as atenções continuam voltadas para a Argentina. Os Estados Unidos também chama a atenção dos investidores, devido ao forte desaquecimento econômico e à situação de guerra. A decisão do Copom deve ser anunciada à noite, mas é difícil que surpreenda. As incertezas do cenário internacional tornam improvável uma redução nos juros. Por outro lado, a inflação está sob controle e o dólar estabilizou-se, ainda que a um patamar elevado e podendo voltar a oscilar mais fortemente no futuro. Ao menos por enquanto, os analistas avaliam não ser necessária uma elevação da Selic. As expectativas quanto ao pacote econômico argentino também nunca foram tão conservadoras. Há meses que, a qualquer sinal de agravamento da crise, surgem boatos nos mercados, especialmente no Brasil, de desvalorização, dolarização, calote da dívida ou demissão do ministro da Economia, Domingo Cavallo. Mas não devem vir medidas drásticas de rompimento com o atual modelo econômico. Espera-se que o anúncio seja feito na quinta ou sexta-feira, devido à visita oficial do presidente Fernando de la Rúa à Espanha. Informações sobre o pacote já vazaram pela imprensa e mostram que o governo deve continuar perseguindo o déficit zero. O pacote deve atenuar os apertos provocados pelos ataques terroristas aos Estados Unidos e suas conseqüências, trazendo desconto no Imposto de Valor Agregado (IVA) para operações com cartões de crédito, renegociação a juros mais baixos da dívida interna com os fundos de pensão de cerca de US$ 15 bilhões e de até US$ 8 bilhões das dívidas das províncias. O problema é que o mercado entende que essas medidas são paliativas, garantindo uma estabilidade precária no curto prazo. A opinião dominante ainda é que a paridade do peso com o dólar condena a Argentina à insolvência e à recessão no futuro. Embora estejam oscilando muito nesse período de divulgação de resultados de empresas, as bolsas nos Estados Unidos seguem em recuperação cautelosa, trazendo algum alento aos investidores brasileiros. Mas a economia norte-americana segue em desaquecimento e há a guerra na Ásia Central, com todos os riscos de perda de controle dos conflitos numa região do mundo muito tensa. E a ameaça de novos ataques terroristas também é bastante preocupante. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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