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Mercado mantém atenção ao cenário externo

Cenário externo ainda determina comportamento do mercado financeiro no Brasil. Os investidores continuam atentos ao preço do petróleo e ao resultado das empresas dos EUA.

Por Agencia Estado
Atualização:

Notícias do cenário externo devem continuar guiando os negócios no mercado financeiro do Brasil. Após manter-se estável ontem durante todo o dia, o preço do petróleo abriu em queda nessa manhã. Há pouco, o barril do produto bruto do tipo Brent para entrega em novembro estava cotado a US$ 30,55 em Londres - queda de 0,50% em relação ao fechamento de ontem. As empresas norte-americanas devem continuar divulgando seus resultados e isso preocupa os investidores, já que nos últimos dias companhias como a Intel, Kodak, Apple e Xerox anunciaram queda nas expectativas de lucros. Com a desaceleração suave da economia dos Estados Unidos, promovida por uma elevação das taxas de juros no país, o desempenho das companhias foi prejudicado e isso começa a aparecer nos balanços trimestrais dessas empresas. O mercado aguarda para hoje o balanço do resultado financeiro da Yahoo. Ontem, o banco central dos Estados Unidos (FED) manteve a taxa de juros básica da economia norte-americana em 6,5% ao ano. Como o resultado já era esperado, a decisão do FED não deve alterar os negócios, tanto no Brasil como no mercado internacional. Mercado aguarda melhora do rating O dia no mercado financeiro brasileiro começou com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) referente ao mês de setembro. O resultado, 0,27%, ficou dentro do esperado. Trata-se de mais um número confirmando o recuo da inflação que poderia trazer um pouco de animo para os negócios. Porém, com a escassez de recursos, não se esperam sinais de recuperação. No mês de setembro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) verificou uma saída de R$ 475,2 milhões. Os operadores continuam trabalhando com a perspectiva de uma elevação do rating (classificação) do Brasil. Analistas consultados em Nova York pelo repórter Fábio Alves disseram que a suposta viagem do analista da agência Moody´s, Luis Ernesto Martinez-Alas, ao Brasil gerou a avaliação de que o objetivo seria divulgar uma melhora na classificação do País. O diretor-gerente da Moody´s para risco soberano da América Latina, Vincent Truglia, confirmou que Marinez-Alas está na América Latina neste momento, mas não informou onde. Truglia, porém, lembrou que a agência anuncia a mudança da nota até 90 dias após ter colocado a classificação sob revisão, o que aconteceu em 17 de agosto passado. Veja a abertura do mercado financeiro A Bovespa opera em alta de 0,86%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 17,050% ao ano, frente a 17,020 % ao ano registrados ontem. Já o dólar começou cotado a R$ 1,8530 - estável em relação aos últimos de negócios de ontem.

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