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Mercado nervoso antes de eleição e vencimentos

Os investidores devem manter a cautela até segunda-feira, quando já será conhecido o resultado das eleições. De qualquer forma, o debate de ontem pode servir para ajustar expectativas. Já se sente a antecipação dos fortes vencimentos do mês.

Por Agencia Estado
Atualização:

Não se esperam grandes movimentos nos mercados hoje, sempre considerando as fortes oscilações nas cotações que já viraram regra. O debate de ontem entre os principais presidenciáveis pode sugerir um ajuste nas expectativas, mas a cautela deve predominar. De qualquer forma, os fortes vencimentos de títulos cambiais e dívidas privadas no exterior devem exercer pressão sobre o dólar na segunda quinzena do mês. No mercado, comenta-se que esses movimentos já começam a ser antecipados. Ontem foram encerradas as participações dos presidenciáveis na televisão, com o fim do horário eleitoral e o debate entre os candidatos. Em função das interpretações do resultado do debate, pode haver alguma movimentação nos mercados, mesmo porque as duas questões centrais - se haverá um segundo turno e quem será o segundo colocado - não podem ser previstas com muita segurança. Analistas acreditam que o cenário mais provável é um segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PL) e José Serra (PSDB/PMDB), o franco favorito do mercado. Mas Lula está próximo do porcentual necessário para vencer já no primeiro turno, e Serra tem poucos pontos de vantagem sobre o terceiro colocado, Anthony Garotinho (PSB). Em função do debate e de decisões de última hora, o quadro ainda pode sofrer alguma mudança. Por isso, como tem acontecido ao longo da corrida presidencial, pode haver uma pequena onda otimista se as chances de Serra melhorarem, ou o contrário, se o quadro para o governista piorar. De qualquer forma, o mais provável é que predomine a cautela, além de um grau de nervosismo, nessas últimas horas antes das eleições. Além disso, já começam as antecipações dos grandes vencimentos do mercado cambial neste mês. Analistas estimam que vencem cerca de US$ 2 bilhões em dívida externa de empresas este mês, além dos já previstos US$ 3,62 bilhões em títulos cambiais, o maior do ano, seguido de mais um lote de US$ 1,09 bilhão no dia 23. Esses compromissos devem exercer forte pressão sobre o câmbio, e algumas compras já estão sendo antecipadas, o que mantém o dólar num patamar muito alto. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,7000 nos últimos negócios do dia, em alta de 0,95% em relação às últimas operações de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 21,100% ao ano, frente a 20,980% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 3,62% em 9139 pontos. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,50% (a 7717,2 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - caiu 1,83% (a 1165,56 pontos). O euro fechou a US$ 0,9881; uma alta de 0,18%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 4,01% (407,79 pontos). O dólar oficial para venda fechou cotado a $ 3,72 pesos. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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