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Mercado otimista com boatos sobre Argentina

Ao longo do dia, as cotações apresentaram recuperação em função de vários rumores sobre auxílio externo à Argentina, de acordo entre províncias e União e dinheiro extra ao Brasil - se necessário. O dólar comercial para venda caiu para R$ 2,6990, os juros do DI a termo de um ano caíram para 23,530% ao ano e a Bovespa subiu 3,09%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje circularam vários boatos, dessa vez otimistas, sobre a situação da Argentina. Primeiro falou-se que o pacote argentino seria divulgado hoje. Várias medidas foram antecipadas, incluindo-se a renegociação de grande parte da dívida externa com garantias de vários organismos multilaterais. Também correu a informação de que algumas províncias assinariam hoje o acordo de corte nos repasses de verbas federais em troca de renegociação de suas dívidas. As reuniões continuam pela noite. Nenhum desses rumores foi confirmado até o fechamento dos mercados, mas foi suficiente para promover uma recuperação nas cotações nos mercados no mundo inteiro. No Brasil, as cotações já vinham reagindo com certa indiferença à evolução dos fatos na Argentina nas últimas semanas, pela primeira vez em meses, em especial do dólar. Aparentemente, amadureceu entre os investidores a visão de que os atuais patamares de negócios já refletem em grande medida o colapso argentino, e o Brasil, do ponto de vista das contas externas e da economia real, sofreu poucos efeitos da crise no país vizinho. Na verdade, a forte desvalorização cambial contribuiu para uma melhora no balanço de pagamentos. Entre os boatos, um dava conta que teria sido aprovada uma linha de US$ 10 bilhões do Fundo Monetário Internacional para o caso de um agravamento da crise argentina. O câmbio reagiu bem até ao fracasso do leilão de privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), dado a desistência da belga Tractebel. O leilão seria adiado para 12 de novembro, mas com a saída da empresa, não se sabe o que o governo do Paraná decidirá. Como a Votorantim, a Tractebel alegou que o preço mínimo de pouco mais de R$ 5 bilhões seria excessivamente elevado. Nos Estados Unidos, a forte queda registrada ontem no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) foi contrabalançada em parte pela divulgação de baixa de do PIB do terceiro trimestre de 0,4%, mais modesta do que o esperado. As bolsas de Nova York operaram em alta a maior parte do cia, assim como os mercados portenhos. Ainda assim, o risco país da Argentina chegou a 2.121 pontos, dada a incerteza da situação (leia mais a respeito no link abaixo). Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,6990, com queda de 0,88%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 23,530% ao ano, frente a 23,600% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 3,09%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 0,52%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,51%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em alta de 1,37% Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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