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Mercado: perspectivas para a semana

O cenário externo ainda inspira preocupação. Porém, a perspectiva é que a instabilidade diminua nos próximos dias. Para o investidor, o momento ainda é de cautela.

Por Agencia Estado
Atualização:

Continuam na próxima semana as preocupações de investidores e analistas em relação ao cenário externo. Mas, não havendo notícias negativas, tanto no Brasil quanto no exterior, os bons fundamentos da economia brasileira, com sinais de crescimento e controle da inflação, podem ter uma influência maior no mercado financeiro. No cenário externo, os números da economia norte-americana devem continuar sinalizando o ritmo do desaquecimento. Os últimos resultados não apontam uma tendência definida. Alguns indicam que o corte de juros veio tarde e a atividade econômica está desacelerando muito rápido. Outros revelam exatamente o contrário, ou seja, a atividade econômica ainda está muito acelerada. Na próxima semana, um dos números aguardados é o indicador de atividade no setor não-industrial, referente ao mês de fevereiro. O resultado sai na segunda-feira e será anunciado pela Associação Nacional dos Gerentes de Compras dos Estados Unidos (NAPM). Na terça-feira sai o indicador de produtividade referente ao quarto trimestre de 2000. Na quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos (FED) divulga o "livro bege" e os dados do crédito ao consumidor relativo a janeiro. Já na quinta-feira, o Departamento do Trabalho divulga o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana até 3 de março. E na próxima semana, no Brasil, o Banco Central divulgará os resultados da balança por setores, o que possibilitará uma análise mais cuidadosa para esclarecer qual dos dois foi uma anomalia, se o déficit de janeiro ou o superávit de fevereiro. Veja a tendência para os mercados financeiros A taxa de câmbio pode continuar caindo, caso o cenário não apresente novos fatos negativos. Analistas consideram que os patamares mais elevados apresentados nos últimos dias - acima de R$ 2,0500 - não refletem o preço justo para a moeda norte-americana. Levando-se em conta apenas o fluxo de recursos e a situação econômica, as cotações deveriam estar em torno de R$ 2,0000. As taxas de juros também devem continuar em queda. Os investidores aumentam as apostas em um corte nas taxas nos Estados Unidos. A reunião do FED está marcada para o dia 20 de março e a maioria dos analistas acredita que os juros sejam reduzidos de 5,5% ao ano para 5% ao ano. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem espaço para subir. As avaliações indicam que existem papéis com perspectivas de ganhos acima de 30%. Porém, as bolsas de Nova York estão muito instáveis e podem continuar influenciando os negócios no mercado acionário brasileiro. E como ficam seus investimentos? Os fundos de renda fixa prefixados têm boas perspectivas de rentabilidade para quem pode deixar o dinheiro investido por, pelo menos, seis meses. Para um período inferior a esse, o rendimento de um fundo prefixado e um pós-fixado (DI) tende a ser muito próximo. Vale lembrar que os fundos DI não têm risco, enquanto os prefixados, ao contrário, podem trazer prejuízos para o investidor (veja mais informações no link abaixo). Para quem tem tolerância ao risco e pretende conseguir um rendimento mais expressivo, a Bolsa tem boas perspectivas. Mas a recomendação dos analista é que apenas uma parte dos recursos seja direcionada para esse segmento. Além disso, apenas o dinheiro que não tem data definida para resgate deve ser direcionado para esse segmento. Os fundos cambiais são recomendados apenas para quem tem dívidas em dólar ou para quem está economizando para uma viagem ao exterior. O dólar está em um patamar muito elevado ainda e a tendência é que as cotações recuem, caso o mercado continue estável.

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