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Mercado: petróleo em alta

Petróleo em alta pode provocar alta no preço dos combustíveis. Isso reduz a possibilidade de queda das taxas de juros.

Por Agencia Estado
Atualização:

O cenário internacional continua com forte influência negativa no mercado financeiro brasileiro. O preço do petróleo voltou a subir. Há pouco, os negócios com o produto bruto do tipo Brent para entrega em novembro estavam em alta de 0,50% em Londres, a US$ 31,26 por barril. Ontem, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, admitiu que, caso o preço do petróleo continue em alta, será impossível conter o aumento do preço dos combustíveis. Essa possibilidade preocupa os analistas, já que a meta de inflação para esse ano - de 6%, com possibilidade de alta de dois pontos porcentuais - já está bem apertada. O Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), calculado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), é usado pelo governo como base para a meta de inflação. Até agosto, o IPCA está acumulado em 4,63%. Na quarta-feira, será divulgado o Índice referente ao mês de setembro. Fraga espera que o resultado fique abaixo de 0,45%. Reunião do Copom A pressão de alta sobre os índices de inflação reduz ainda mais as chances de corte na taxa básica de juros - Selic. Há dois meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) vem mantendo a Selic em 16,5% ao ano em função das oscilações do preço do petróleo e da pressão de alta sobre a inflação, que foi registrada nos meses de julho e agosto, quando o IPCA ficou em 1,61% e 1,31%, respectivamente. O Comitê reúne-se novamente nos próximos dias 17 e 18 para reavaliar a taxa. O mercado chegou a dar sinais de que uma queda da Selic seria esperada. Porém, os investidores começam a apostar em uma postura de cautela por parte do Copom. No início da manhã, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 16,950% ao ano, frente a 16,980% ao ano registrados ontem. O dólar deverá seguir a tendência do fluxo cambial no País hoje. A expectativa é de equilíbrio das cotações, seguindo o fluxo estável de entradas e saídas de recursos. Porém, o cenário externo também pode ter impacto negativo também no mercado de dólares. Há pouco, a moeda norte-americana era negociada a R$ 1,8540 na ponta de venda dos negócios - estável em relação aos últimos negócios de ontem.

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