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Mercado pode apresentar oscilações hoje

Índices favoráveis nos EUA podem estimular os investidores. Os juros podem sofrer influências do leilão de títulos prefixados, que acontece hoje. O dólar deve manter-se próximo de R$ 1,80, mas pode cair, caso haja entrada de recursos novos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado acionário abre nesta manhã na expectativa para a divulgação do preço das ações da Petrobras, que deve sair até amanhã. Aguarda-se também um balanço das ofertas feitas até ontem. A expectativa no mercado é que as propostas totais tenham atingindo R$ 1,5 bilhões. Isto é menos do que a expectativa inicial do governo, de R$ 3 bilhões. Nos Estados Unidos, foi divulgado hoje o índice de produtividade. A variação registrada foi de 5,3%, ante expectativa de 4,5%. Enquanto a produtividade subiu, o custo de mão-de-obra caiu 0,1% ? esperava-se estabilidade. Isso pode reforçar os sinais de desaceleração suave da economia norte-americana e possível estabilidade dos juros nos Estados Unidos. O banco central norte-americano (FED) reúne-se no próximo dia 22 de agosto para definir a nova taxa de juros. Com o objetivo de conter o crescimento econômico do País, evitando uma alta nos índices de inflação, o FED já subiu os juros de 4,75% para 6,5% ao ano, desde junho do ano passado. Nessa próxima reunião, a maioria dos analistas aposta em manutenção dos juros no patamar de 6,5% ao ano. A Nasdaq ? bolsa norte-americana que negocia papéis do setor de tecnologia ? abriu em alta nessa manhã, em função dos índices divulgados. Porém, já opera em baixa de 0,50%. O índice Dow Jones ? que mede a valorização das ações de empresas mais negociadas na Bolsa de Nova Iorque ? está em baixa de 0,18%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava, há pouco, em baixa de 0,25%. Juros podem ter pressão de alta hoje O Banco Central leiloa hoje um lote de 1,5 milhão de LTNs ? títulos prefixados do governo - de 203 dias e 1,5 milhão de LTNs de 357 dias. A expectativa é que os investidores peçam juros mais altos nesse leilão em função do resultado do Índice Geral dos Preços de Mercado (IGP-M). O índice, divulgado ontem, ficou em 1,58%, enquanto que a expectativa da maior parte dos analistas era de uma taxa entre 1,20% e 1,30%. Há pouco, os contratos de juros de DI a termo ? que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano ? pagavam juros de 17,520% ao ano, frente a 17,460% ao ano registrados ontem. Operadores entendem que essa alta mais forte do que o esperado, no IGP-M, não altera a previsão de que, no quarto trimestre, a inflação volte aos níveis anteriores. E que, além disso, a meta do ano ? 6% ? será cumprida e o taxa básica de juros ? Selic ?, que está em 16,5% ao ano, pode prosseguir em sua trajetória de baixa. Porém, essa tendência pode ficar comprometida na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nos dias 22 e 23 de agosto. Recursos novos devem manter a cotação do dólar próxima de R$ 1,80 O preço do dólar vem subindo nos últimos dias. Desde o dia 31 de julho, o dólar comercial já atingiu uma alta de 1,69%. Operadores afirmam que essa elevação nas cotações é resultado de uma diminuição no volume de entrada de recursos. Hoje, esse cenário pode ser revertido com a entrada de novos recursos provenientes de uma captação dos bancos Santander e do Sudameris. Operadores esperam um volume de US$ 335 milhões. Há pouco, o dólar estava em R$ 1,8000 na ponta de venda dos negócios.

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