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Mercado prevê alta da inflação e do dólar

As estimativas para o IPCA deste ano passaram de 4,55% para 4,57%. A moeda norte-americana, por sua vez, deve subir de R$ 2,12 para R$ 2,13 no fim do mês

Por Agencia Estado
Atualização:

Após quatro semanas de queda e uma de estabilidade, as projeções de mercado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiram de 4,55% para 4,57%, segundo divulgou, nesta segunda-feira, a pesquisa Focus, do Banco Central. Além da inflação, o dólar também deve subir. O mercado previu que a moeda norte-americana deve encerrar o mês cotada a R$ 2,13, e não mais a R$ 2,12, como no dado previsto há uma semana. Apesar da elevação para a inflação, o porcentual estimado na pesquisa ainda é inferior aos 4,59% projetados há quatro semanas. Com a alta, as previsões de inflação para este ano também se distanciaram da meta central de 4,50%, permanecendo, no entanto, dentro do intervalo de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. A pesquisa do BC também registrou uma elevação das previsões de inflação para este ano das instituições Top 5 de 4,36% para 4,42%, no cenário de médio prazo A alta interrompeu uma seqüência de seis quedas seguidas destas previsões. Mesmo com a elevação, estas estimativas continuam abaixo da meta central de 4,50%. Para 2007, as estimativas de IPCA continuaram estáveis, em 4,50% pela 32ª semana consecutiva. O porcentual coincide com a meta central de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o próximo ano. Para março, as estimativas de inflação subiram de 0,40% para 0,46%. Esta foi a quarta alta seguida destas previsões. Há quatro semanas, elas estavam em 0,30%. Para abril, as previsões de inflação seguiram estáveis em 0,35% pela sétima semana seguida. Dólar Com a alta desta semana, a queda ocorrida no indicador passado foi anulada e o patamar de câmbio esperado passou a ficar mais próximo dos R$ 2,14 projetados há quatro semanas. Para o final de abril, as estimativas de câmbio permaneceram estáveis em R$ 2,12, após terem recuado na semana passada de R$ 2,13 para R$ 2,12. Há quatro semanas, estas projeções estavam em R$ 2,15. Para o final deste ano, as estimativas de câmbio também não se alteraram e prosseguiram em R$ 2,20 pela segunda semana seguida. Há quatro semanas, estas previsões estavam em R$ 2,25. As estimativas de taxa média de câmbio para este ano também não mudaram, permanecendo em R$ 2,18 pela oitava semana consecutiva. Para o final de 2007, as estimativas para o dólar caíram de R$ 2,40 para R$ 2,38. As projeções de taxa média de câmbio para o próximo ano, por sua vez, ficaram estáveis em R$ 2,30 depois de terem caído por sete semanas seguidas. Selic O mercado previu, novamente, que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser realizada entre os dias 18 e 19 de abril, deve cortar a taxa básica de juros (Selic, atualmente em 16,5% ao ano), em 0,75 ponto porcentual. Com isso, o indicador ficará em 15,75%. Para o final do ano, as previsões de juros recuaram pela segunda semana consecutiva, de 14,38% para 14,25%. Para o final de 2007, as estimativas de taxa de juros seguiram estáveis em 13%. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 13,50%. PIB Para este ano, as previsões de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) continuaram estáveis em 3,50% pela 47º semana seguida. As estimativas de crescimento da produção industrial, em contrapartida, subiram de 4,11% para 4,21%. Esta foi a segunda elevação seguida destas previsões, que estavam em 4,10% há quatro semanas. As estimativas do mercado para o ano que vem não são tão animadoras. A pesquisa Focus apontou queda das estimativas para o crescimento do PIB em 2007 de 3,70% para 3,65%. As previsões para a expansão do PIB no próximo ano vinham se mantendo estáveis em 3,70% ao longo de duas semanas seguidas. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 3,60%. Apesar da queda, as estimativas de crescimento da produção industrial no próximo ano ficaram inalteradas em 4,25% pela quarta semana. Dívida Pela quarta semana consecutiva, as projeções de mercado para a dívida líquida do setor público ficaram estáveis em 50,50% PIB. Para 2007, a Focus previu, pela terceira semana seguida, que este indicador ficará inalterado em 49% do PIB. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 48,85%. Conta corrente Para este ano, as projeções de superávit em conta corrente ficaram estáveis em US$ 9 bilhões pela sexta semana consecutiva. As previsões de superávit da balança comercial também não mudaram, prosseguindo em US$ 40 bilhões pela sétima semana. Já as projeções de mercado para o superávit em conta corrente de 2007 subiram de US$ 4,56 bilhões para US$ 4,62 bilhões, representando a segunda alta seguida destas previsões, que estavam em US$ 5 bilhões há quatro semanas. As estimativas de superávit da balança comercial no próximo ano seguiram a mesma tendência de alta e avançaram de US$ 35,50 bilhões para US$ 36,05 bilhões. Esta foi a segunda elevação consecutiva destas previsões, que estavam em US$ 35,50 bilhões há quatro semanas. Investimento estrangeiro O fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) deve ficar em US$ 15 bilhões este ano, segundo previu a pesquisa Focus pela 13º semana seguida. Na semana passada, o próprio BC elevou sua estimativa de fluxo de IED para este ano de US$ 16 bilhões para US$ 18 bilhões. Para o ano que vem, essas projeções subiram de US$ 16,30 bilhões para US$ 16,75 bilhões. Há quatro semanas, o IED era previsto em US$ 16,10 bilhões. IGP-M, IGP-DI e IPC-Fipe O mercado ainda estimou, pela sétima vez consecutiva, que a inflação medida pelo Índice geral de Preços do Mercado (IGP-M) cairá este ano. Segundo o levantamento desta semana, este indicador deve fechar 2006 em 3,94% (na semana anterior, eram estimados 4%). Para 2007, as estimativas de IGP-M continuaram estáveis em 4,50% pela 18º semana consecutiva. O recuo também foi sentido nas previsões para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) para este ano, que, por sua vez, caíram de 3,95% para 3,83%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 4,41%. Para o próximo ano, as expectativas de mercado para o IGP-DI seguiram estáveis em 4,50% pela sexta semana consecutiva. Já as projeções de mercado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), neste ano subiram de 4,27% para 4,30%. Mesmo assim, o porcentual esperado ainda é menor que os 4,33% estimados há quatro semanas. Para 2007, essas previsões continuaram estáveis em 4,50% pela terceira semana seguida. O IPC-Fipe mede a variação dos preços de produtos e serviços, no município de São Paulo, para famílias que ganham entre 1 e 20 salários mínimos. Este texto foi atualizado às 11h06.

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