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Mercado projeta inflação em 2017 abaixo de 3% e alta maior no PIB

Relatório Focus, divulgado pelo BC, projeta pela primeira vez a inflação de 2017 abaixo do piso da meta, que é de 3%; mercado eleva expectativa do PIB de 0,60% para 0,68%

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - Já sob influência do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na última quinta-feira pelo Banco Central, os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o IPCA - o índice oficial de preços - para este e o próximo ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 caiu de 3,08% para 2,97%. Há um mês, ela estava em 3,45%. A projeção para o índice de 2018 foi de 4,12% para 4,08%, ante 4,20% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda-feira, 25, no Focus indicam, pela primeira vez, que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do piso da meta, de 3,0%, em 2017. O centro da meta para este ano e o próximo é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação de 3,0% a 6,0%).

Centro da meta para este ano e o próximo é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação de 3,0% a 6,0%) Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Na quinta-feira, o BC atualizou no RTI suas projeções para o IPCA: 3,2% em 2017, 4,3% em 2018, 4,2% em 2019 e 4,1% em 2020. Ao mesmo tempo, o documento reforçou a mensagem de que o BC pretende reduzir o atual ritmo de cortes da Selic (a taxa básica de juros). Após ter cortado os juros em 1 ponto porcentual no início do mês, de 9,25% para 8,25% ao ano, o BC indicou a intenção de, no fim de outubro, promover corte mais moderado.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 no Focus foi de 2,84% para 2,81%. Portanto, estas casas também preveem que o BC não cumprirá a meta, já que a inflação ficará abaixo do piso de 3%. Para 2018, a estimativa do Top 5 foi de 4,14% para 4,09%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,27% e 4,19%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,07% para 3,94% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,30%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para setembro de 2017 caiu de 0,23% para 0,12%. Um mês antes, estava em 0,31%. No caso de outubro, a previsão de inflação do Focus seguiu em 0,35%, ante 0,36% de quatro semanas atrás.

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No RTI, o BC também atualizou suas projeções de inflação de curto prazo: 0,17% para setembro, 0,46% para outubro e 0,40% para novembro.

PIB.  Na esteira da divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), na última quinta-feira, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 e 2018. A expectativa de alta para o PIB deste ano foi de 0,60% para 0,68%. Há um mês, a perspectiva estava em 0,39%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,20% para 2,30%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,00%.

Na quinta-feira, o RTI trouxe as projeções atualizadas do BC para o crescimento do PIB: 0,7% em 2017 e 2,2% em 2018. Na última sexta-feira, o Ministério do Planejamento também divulgou sua projeção para o PIB este ano, de alta de 0,5%.

No Focus de hoje, a projeção para a produção industrial deste ano passou de avanço de 1,10% para alta de 1,05%. Há um mês, estava em 1,00%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,45% para 2,40%, ante 2,16% de quatro semanas antes.

Câmbio.  O Relatório de Mercado Focus mostrou que a projeção para a cotação da moeda americana no fim de 2017 passou de R$ 3,20 para R$ 3,16. Há um mês, estava em R$ 3,23. O câmbio médio de 2017 seguiu em R$ 3,17, ante R$ 3,19 de um mês antes.

No caso de 2018, a projeção para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,30. Quatro semanas antes, estava em R$ 3,38. Já a projeção para o câmbio médio no próximo ano passou de R$ 3,26 para R$ 3,25, ante R$ 3,31 de quatro semanas atrás.

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