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Mercado prevê queda de juros para 14%

A queda embute uma expectativa do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) cortará os juros em apenas 0,25 ponto porcentual em sua próxima reunião

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros, a Selic, em outubro caíram de 14,25% para 14% ao ano em pesquisa semanal do Banco Central (BC) divulgada nesta segunda-feira. A queda aconteceu provavelmente em função do baixo desempenho da economia divulgado na quinta-feira, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre ficando em 0,5%. Assim, as projeções para o crescimento anual do PIB também caíram, saindo de 3,50% para 3,20%. A queda nos juros embute uma expectativa do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) cortará a Selic em apenas 0,25 ponto porcentual em sua próxima reunião. A mudança ocorreu após o Copom ter decidido, na semana passada, reduzir os juros de 14,75% para 14,25% ao ano. Para o final do ano, as estimativas de juros continuaram estáveis em 14% ao ano pela quinta semana consecutiva. As projeções de taxa média de juros para este ano, por sua vez, recuaram de 15,28% para 15,22% ao ano. Estas previsões tinham ficado estáveis por quatro semanas consecutivas. Para o fim de 2007, as estimativas de juros continuaram inalteradas em 13% ao ano pela 24ª semana seguida. As projeções de taxa média de juros para o próximo ano, por sua vez, continuaram estáveis em 13,50% ao ano pela segunda semana seguida. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 13,58% ao ano. PIB A diminuição nas projeções para o PIB, que estavam em 3,60% há quatro semanas, representaram a quarta queda seguida. Em contrapartida, as estimativas de expansão da produção industrial neste ano subiram de 3,97% para 4%. Com a alta, a queda verificada na semana passada foi anulada. O porcentual esperado de aumento da produção industrial este ano é o mesmo estimado há quatro semanas. Para 2007, as projeções do mercado financeiro para o crescimento do PIB continuaram estáveis em 3,50%. Há quatro semanas essas previsões ainda estavam em 3,70%. As estimativas de aumento da produção industrial no próximo ano também não mudaram e prosseguiram em 4,50% pela 22ª semana consecutiva. Inflação As projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caíram de 3,68% para 3,63%. Esta foi a terceira queda consecutiva destas previsões, que estavam em 3,74% há quatro semanas. Com a nova redução, as estimativas de variação do índice ficaram ainda mais abaixo da meta central de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As expectativas de IPCA deste ano das instituições Top 5, em contrapartida, ficaram estáveis em 3,57%. A pesquisa do BC registrou, ao mesmo tempo, uma redução das estimativas de IPCA para agosto de 0,24% para 0,23%. Esta foi a segunda redução seguida destas previsões, que estavam em 0,31% há quatro semanas. Para este mês de setembro, as expectativas de variação do IPCA continuaram estáveis em 0,30%. O porcentual é inferior aos 0,34% projetados há quatro semanas. As estimativas suavizadas de IPCA em 12 meses à frente, por sua vez, subiram de 4,51% para 4,52%. Esta foi a segunda alta consecutiva destas previsões, que estavam em 4,45% há quatro semanas. Para 2007, a média das projeções do mercado financeiro para o IPCA de 2007 caíram de 4,44% para 4,43%. O porcentual projetado é menor que a meta central de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o próximo ano. A mediana das previsões, em contrapartida, continuou estável em 4,50% pela 55º semana consecutiva. Já a mediana das projeções de IPCA para o próximo ano das instituições Top 5 prosseguiram em 4,40% no cenário de médio prazo. Apesar de estável, o porcentual projetado também é menor que a meta central do próximo ano. IGD-DI e IGP-M As projeções para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) deste ano caíram de 3,46% para 3,42%. Para o próximo ano, as estimativas de variação do IGP-DI continuaram estáveis em 4,50% pela 29ª semana consecutiva. As estimativas de mercado para a variação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) neste ano, por sua vez, ficaram inalteradas em 3,53% pela segunda semana consecutiva. Para 2007, as expectativas de mercado para o IGP-M continuaram estáveis em 4,50% pela 41º semana seguida. As projeções de variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe neste ano, em contrapartida, recuaram de 2,20% para 2,14%. Esta foi a quarta queda seguida destas previsões, que estavam em 2,32% há quatro semanas. Para 2007, as estimativas de mercado para o IPC da Fipe recuaram de 4,23% para 4,20%. A queda, na prática, apenas anulou a alta registrada na semana passada. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 4,23%. Taxa de câmbio Para a taxa de câmbio, as projeções para o final deste mês caíram de R$ 2,17 para R$ 2,15. Esta foi a quarta redução consecutiva, que estavam em R$ 2,20 há quatro semanas. Para o fim do ano, as estimativas de câmbio continuaram estáveis em R$ 2,20 pela quarta semana seguida. As projeções de taxa média de câmbio para este ano, em contrapartida, caíram de R$ 2,19 para R$ 2,18. A mudança ocorreu após três semanas de estabilidade destas previsões, que estavam em R$ 2,19 há quatro semanas atrás. Para o fim de 2007, as estimativas continuaram estáveis em R$ 2,30 pela terceira semana consecutiva. Há quatro semanas, estas previsões estavam em R$ 2,34. As estimativas de taxa média de câmbio para o próximo ano, por sua vez, recuaram de R$ 2,28 para R$ 2,27. A alteração aconteceu após quatro semanas seguida de estabilidade destas projeções. Dívida líquida As projeções para a dívida líquida do setor público neste ano continuaram estáveis em 50,30% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o BC, a dívida deverá fechar o ano em 50,50% do PIB. Para o próximo ano, as previsões de mercado continuaram inalteradas em 49,10% do PIB pela segunda semana consecutiva. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 49,20% do PIB. Balança comercial O superávit da balança comercial neste ano ficaram estáveis em US$ 42 bilhões na pesquisa. A estabilidade interrompeu uma seqüência de quatro altas seguidas, que estavam em US$ 40,05 bilhões há quatro semanas. As previsões de superávit em conta corrente para este ano também não mudaram e prosseguiram em US$ 9 bilhões pela terceira semana seguida. Há quatro semanas, estas projeções estavam em US$ 8,80 bilhões. Para 2007, as estimativas de superávit da balança comercial também não mudaram e permaneceram estáveis em US$ 36 bilhões. Há quatro semanas, estas previsões estavam em US$ 35,05 bilhões. As expectativas de mercado para o superávit em conta corrente no próximo ano, em contrapartida, subiram de US$ 4,20 bilhões para US$ 4,30 bilhões. Esta foi a segunda alta consecutiva destas previsões, que estavam em US$ 4 bilhões há quatro semanas. Investimento estrangeiro As projeções do mercado financeiro para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano continuaram estáveis em US$ 16 bilhões. Esta foi a segunda semana seguida em que estas previsões não são alteradas. Há quatro semanas, estas estimativas estavam em US$ 15,50 bilhões. O BC, por sua vez, ainda conta com um ingresso de US$ 18 bilhões de IED neste ano. Para o próximo ano, as previsões de fluxo de IED também não mudaram e prosseguiram em US$ 16 bilhões pela 11ª semana consecutiva. Matéria alterada às 11h57 para acréscimo de informações

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