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Mercado projeta corte de 0,50 ponto porcentual na taxa de juros esta semana

Estimativa dos economistas é que a Selic encerre 2019 em 5% ao ano; previsão para a inflação foi reduzida

Por Fabrício de Castro
Atualização:

BRASÍLIA - Economistas do mercado financeiro projetam corte de 0,50 ponto porcentual da Selic, a taxa básica de juros, no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na próxima quarta-feira, 18. A projeção consta do relatório Focus divulgado pelo BC nesta segunda, 16. 

As projeções para o IPCA, o índice oficial de preços, em 2019 e 2020 foram alteradas Foto: André Dusek/Estadão

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Com isso, a taxa atingiria novo piso histórico, de 5,50% ao ano. Depois, de acordo com as estimativas, haveria novo corte, também de 0,50 ponto porcentual, em outubro, para 5,00%. A previsão para a Selic no fim de 2019 foi mantida em 5% ao ano e, para 2020, passou de 5,25% para 5%.

No fim de julho, o Copom anunciou o corte da Selic de 6,50% para 6,00% ao ano. Foi a primeira queda após 16 encontros em que o colegiado manteve a taxa básica estável. Ao justificar a decisão, o BC reconheceu uma evolução no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação. Além disso, sinalizou que deveriam ocorrer cortes adicionais da taxa.

Inflação

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020 - dentro das metas estabelecidas para esses anos. As projeções para o IPCA, o índice oficial de preços, em 2019 e 2020 foram alteradas. Para este ano, passou de alta de 3,54% para 3,45% e, para 2020, foi de 3,82% para 3,80%.

Esses números estão abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). As estimativas mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020.

No último dia 6, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA avançou 0,11% em agosto, com taxa acumulada de 2,54% no ano e de 3,43% em 12 meses. 

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