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Mercado rebaixa previsão para o PIB, mostra pesquisa

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro brasileiro reduziu mais uma vez sua estimativa para a taxa de crescimento econômico em 2003. Na esteira das últimas projeções dos institutos de pesquisa e dos dados sobre o comportamento da indústria no País, as cerca de 80 instituições e empresas consultadas na pesquisa semanal do Banco Central reduziram de 1,20% para 1,03% a projeção média para a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003. Para 2004, a projeção que vigora há 37 semanas foi mantida: taxa de crescimento econômico de 3%. IPCA O mercado financeiro aposta que o IPCA acumulará em agosto uma inflação de 0,34%. A projeção está apenas 0,01 ponto porcentual abaixo da estimativa feita na semana passada (0,35%). Para o mês de setembro, as instituições e empresas consultadas pelo BC estimam que o IPCA acumulará uma alta de 0,57%. Essa nova projeção é 0,07 ponto porcentual superior à indicada na pesquisa divulgada na semana passada, que era de 0,50%. O IPCA é o índice utilizado pelo governo na política de metas de inflação. Nas avaliações para inflação de 2003, os agentes consultados na pesquisa semanal do BC indicam em suas projeções que o IPCA registrará uma alta de 9,55%, pouco abaixo dos 9,57% projetados até semana passada. A meta ajustada de inflação para 2003 é de 8,5%. Para o conjunto de preços administrados, que inclui as tarifas públicas, os agentes ouvidos pelo BC elevaram de 13% para 13,28% a projeção média para a inflação desses preços em 2003. Na avaliação de 2004, o mercado manteve a estimativa de uma inflação de 6,20%, com os preços administrados acumulando ao longo do ano uma alta de 8%. Para os próximos 12 meses, as apostas continuam sendo de que o IPCA acumulará uma alta de 6,25%. Selic As instituições financeiras e empresas consultadas semanalmente pelo Banco Central reduziram de 18,08% para 18% a projeção média para o patamar que a taxa Selic deverá estar ao final de 2003. Para o mês de setembro, as apostas dos agentes consultados continuam sendo de um corte de 1,5 ponto porcentual na meta, o que traria a taxa básica de juros da economia brasileira para 20,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 22% ao ano. Para o final de 2004, a projeção média das instituições consultadas pelo BC continua indicando uma Selic de 15% ao ano. Câmbio As projeções do mercado financeiro para o comportamento da taxa de câmbio ao final de 2003 e 2004 mantiveram-se nos mesmos patamares verificados na semana passada. Para 2003, as instituições e empresas consultadas apostam que o dólar fechará o ano cotado a R$ 3,15. No caso de 2004, a aposta é de que a moeda norte-americana estará valendo, ao final daquele ano, R$ 3,40. Relação dívida-PIB A contínua revisão, para baixo, da projeção média de crescimento econômico em 2003 começou a gerar efeitos sobre outros dados coletados na pesquisa semanal do Banco Central. É o caso da estimativa feita pelas instituições financeiras e empresas ouvidas pelo BC para o tamanho da dívida líquida do setor público. De acordo com os dados divulgados hoje, os agentes consultados acreditam que essa dívida estará valendo 55,15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ao final de 2003. Na semana passada, a aposta era de a relação dívida-PIB este ano ficaria em 55%. Para 2004, entretanto, os agentes ouvidos pelo BC estimam que a dívida líquida do setor público corresponderá, no final daquele ano, a 53,50% do PIB, patamar menor do que o de 53,65% estimado até semana passada. Déficit em conta corrente O mercado reduziu para US$ 1,5 bilhão a estimativa média para o déficit em conta corrente que o País deverá registrar em 2003. Até semana passada, os cálculos das instituições ouvidas pelo BC indicavam um déficit em transações correntes de US$ 2 bilhões em 2003. Para o próximo ano, as apostas continuam sendo de que o País acumulará um déficit de US$ 5 bilhões em suas transações correntes. (Renato Andrade) Balança comercial As instituições financeiras e empresas consultadas semanalmente pelo Banco Central elevaram para US$ 19,10 bilhões a projeção para o superávit comercial do País em 2003. Até semana passada, a estimativa dos agentes consultados pelo BC era de que a balança comercial acumularia em 2003 um saldo positivo de US$ 18,40 bilhões. Para 2004, as apostas são de que o superávit comercial será de US$ 15,60 bilhões, valor superior aos US$ 15,35 bilhões projetado na pesquisa anterior.

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