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Mercado receoso por CPMF e cena externa derrubam Bovespa

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Por Redação
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Num dia de notícias ruins no mercado interno e externo, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte queda nesta quinta-feira, repercutindo a derrota do governo em prorrogar a CPMF e as dúvidas sobre o plano divulgado por bancos centrais na véspera para combater a crise global de crédito. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, fechou em baixa de 2,9 por cento, aos 62.860 pontos, anulando os ganhos deste mês no mercado acionário brasileiro. Na mínima da sessão, o indicador chegou a cair 3,5 por cento. O giro do dia foi de 6,7 bilhões de reais. Investidores acordaram com a notícia de que o Senado rejeitou, na madrugada de quinta-feira, a prorrogação da CPMF, o que significa perda de receitas de pouco menos de 40 bilhões de reais por ano para o governo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu anunciar medidas para compensar a perda da receita com o chamado "imposto do cheque" em uma semana e assegurou que o governo cumprirá a meta fiscal. "O investidor teme que as medidas que venham a ser anunciadas possam prejudicar o risco Brasil e adiar a chegada do grau de investimento para o país", comentou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Nos Estados Unidos, as bolsas de valores de Nova York operaram em baixa até bem perto do fechamento, com investidores receosos sobre a eficácia do plano de diversos BCs, incluindo o Federal Reserve, de oferecer instrumentos para dar liquidez ao sistema financeiro. Um dado de inflação norte-americana acima do esperado divulgado nesta manhã também pesou sobre o mercado. PETROBRAS E VALE Na bolsa paulista, o desempenho das blue chips Petrobras e Vale pesou sobre o Ibovespa. Os papéis da petrolífera caíram 3,17 por cento, para 82,30 reais, e os da mineradora perderam 4,23 por cento, a 49,3 reais. Nas últimas semanas, as ações das duas empresas apresentaram performance positiva, mesmo frente à queda nos mercados globais, o que deu margem para uma desvalorização mais forte dos papéis nesta quinta-feira, observaram operadores. "Petrobras subiu bem nos últimos tempos, tinha espaço para realização e caiu de uma vez só. Vale, que também vinha sendo destaque, caiu bem. Esses papéis mais líquidos são os primeiros a sofrer num cenário desses", afirmou o operador de uma corretora que prefere não se identificar, referindo-se à volatilidade nos mercados. (Por Rodolfo Barbosa)

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