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Mercado reduz previsão do IPCA em 2009 para 4,66%

Por Fernando Nakagawa
Atualização:

O mercado financeiro reduziu a mediana das projeções para o índice oficial de inflação do País, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2009 de 4,69% para 4,66%, segundo a pesquisa Focus, divulgada hoje pelo Banco Central. Apesar de ter registrado a segunda queda consecutiva, o número esperado para o IPCA este ano ainda é superior ao visto há quatro semanas, quando estava em 4,64%, e também está acima do centro da meta de inflação definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% para este ano. A margem de tolerância é de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima. Para 2010, o mercado manteve em 4,50% a previsão de alta para o IPCA, pela trigésima oitava semana seguida. O centro da meta de inflação para o ano que vem também é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Juros A previsão de corte dos juros nos próximos meses aumentou ligeiramente, segundo a pesquisa Focus. No levantamento realizado com cerca de 80 instituições financeiras, a estimativa para o nível dos juros no fim de 2009 caiu de 10,50% para 10,38% anuais. Para a reunião de março, que acontece nos dias 10 e 11, analistas mantiveram a previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve cortar o juro em um ponto porcentual, passando dos atuais 12,75% ao ano para 11,75% ao ano. Para 2010, analistas reduziram a expectativa para o juro no fim do período, de 10,50% para 10,25% anuais. PIB Após três quedas seguidas, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 não sofreu alteração na pesquisa Focus, divulgada pelo BC. De acordo com o levantamento, a mediana das estimativas para a expansão do PIB este ano seguiu em 1,50%. Há um mês, a estimativa era de uma expansão de 2%. Para 2010, a previsão permaneceu em 3,60%. Quatro semanas antes, a estimativa de crescimento do PIB no próximo ano era de 3,80%. No mesmo levantamento, a estimativa de expansão do setor industrial em 2009 caiu de 1,50% para 1,30%, ante expectativa de 2% de um mês atrás. Para 2010, a mediana das previsões seguiu em 4%, ante 4,05% de quatro semanas antes. Dólar Analistas mantiveram a previsão para o nível do dólar em relação ao real no fim deste ano. No levantamento, a mediana das previsões para o nível da moeda norte-americana no fim de 2009 permaneceu em R$ 2,30 pela sexta semana seguida. Para o fim de 2010, a previsão oscilou um centavo, de R$ 2,28 para R$ 2,27, ante R$ 2,28 de um mês atrás. Contas externas O mercado financeiro não alterou a previsão para o déficit nas contas externas em 2009, conforme mostra a pesquisa Focus. Segundo o levantamento divulgado hoje pelo Banco Central, a mediana das previsões para o déficit este ano seguiu em US$ 25 bilhões pela oitava semana seguida. Para 2010, a previsão de déficit caiu de US$ 27 bilhões para US$ 26,31 bilhões. Há um mês, o mercado previa déficit de US$ 30 bilhões no próximo ano. No levantamento, a previsão de superávit comercial em 2009 caiu de US$ 14 bilhões para US$ 13,6 bilhões, ante estimativa de US$ 14,5 bilhões registrada quatro pesquisas antes. Para 2010, a estimativa de saldo comercial caiu de US$ 13,85 bilhões para US$ 13 bilhões, acima dos US$ 13,85 bilhões previstos há um mês. IED Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009, que permaneceu em US$ 23 bilhões. Para 2010, a estimativa de entrada dos dólares seguiu em US$ 25 bilhões. Quatro semanas antes, o mercado esperava, respectivamente, ingresso de idênticos US$ 23 bilhões e US$ 25 bilhões em cada um dos anos.

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