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Mercado reduz projeção do PIB em 2018 para alta de 1,5%

Relatório Focus, divulgado pelo BC, também mostra diminuição na estimativa para a inflação ao fim do ano, para 4,15%; projeção para juros Selic é de manutenção da taxa de 6,5% ao ano

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - A expectativa de alta para o PIB este ano passou de 1,53% para 1,50%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 16, pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 1,76%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50% ante 2,70% de quatro semanas atrás.

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No fim de junho, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%. A instituição atribuiu a mudança na estimativa à frustração com a economia no início do ano.

Expectativa de alta para o PIB este ano passou de 1,53% para 1,50%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Foto: Fabio Motta/Estadão

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No relatório Focus desta segunda, a projeção para a produção industrial de 2018 passou de alta de 2,65% para avanço de 2,96%. Há um mês, estava em 3,50%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 3,05% para 3,00% ante 3,20% verificados quatro semanas antes.

A pesquisa mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 foi de 54,95% para 54,93%. Há um mês, estava em 55,00%. Para 2019, a expectativa permaneceu em 58,00%, ante 57,15% de um mês atrás

Inflação. Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018. O Focus mostra que a projeção para o IPCA este ano foi de 4,17% para 4,15%. Há um mês, estava em 3,88%. Já a projeção para o índice em 2019 permaneceu em 4,10%. Quatro semanas atrás, também estava em 4,10%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4%. No caso de 2021, a expectativa permaneceu em 4%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4% para ambos os anos. 

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A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Em 6 de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de junho subiu 1,26%, sob o efeito da greve dos caminhoneiros, que perdurou até o início do mês passado. A taxa acumulada no primeiro semestre foi de 2,60% e nos 12 meses encerrados em junho de 4,39%.

Juros. O relatório trouxe também que a previsão para a Selic este ano seguiu em 6,5% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8% e, para 2021, também permaneceu em 8%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8% para ambos os anos.

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Em 20 de junho, o Copom manteve a Selic no patamar de 6,50% ao ano. Na decisão, o colegiado não deu sinais de que vai manter a Selic neste nível nos próximos meses, ao contrário do que fez na reunião anterior, de maio. O Copom procurou ressaltar que as próximas decisões sobre juros dependerão da evolução da atividade, dos riscos para a inflação e das projeções para os índices de preços. Isso foi reiterado tanto na ata do Copom quanto no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgados no fim de junho.

Dólar. O relatório mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2018. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,70, ante R$ 3,63 verificados há um mês. Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu passou de R$ 3,60 para R$ 3,68, ante R$ 3,60 de quatro pesquisas atrás.

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