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Mercado reduz projeção para a inflação de 2017 após nova queda da Selic

Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 11, aponta que a projeção para o IPCA de 2017 caiu de 3,03% para 2,88%, sob influência do corte da Selic realizado pelo BC na semana passada

Por Fabrício de Castro
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BRASÍLIA - Sob influência dos dados mais recentes de inflação e da decisão do Banco Central sobre juros, na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para o IPCA para este ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,03% para 2,88%. Há um mês, estava em 3,09%. Já a projeção para o índice de 2018 permaneceu em 4,02%, ante 4,04% de quatro semanas atrás.

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Na prática, as projeções de mercado divulgadas hoje no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique levemente abaixo do piso da meta, de 3,0%, em 2017. O centro da meta para este ano e o próximo é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação de 3,0% a 6,0%).

Sob influência dos dados mais recentes de inflação e da decisão do Banco Central sobre juros, mercado reduz a projeção de inflação para 2017 Foto: Beto Nociti/Banco Central

Na quarta-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para o IPCA: 2,9% em 2017, 4,2% em 2018, e 4,2% em 2019. Na ocasião, o BC também reduziu a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 7,50% para 7,00% ao ano. Na sexta-feira, foi a vez de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciar que a inflação de novembro ficou em 0,28%, abaixo do que esperava o mercado. Em 2017, o IPCA acumula taxa de 2,50%. Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 no Focus foi de 3,09% para 2,78%. Portanto, estas casas também preveem que o BC não cumprirá a meta, já que a inflação ficará abaixo do piso de 3,0%. Para 2018, a estimativa do Top 5 foi de 4,00% para 4,04%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,03% e 3,95%, respectivamente.

+ Com queda da Selic, parte da renda fixa já perde para poupança Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,96% para 3,91% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,04%. Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro de 2017 foi de 0,42% para 0,37%. Um mês antes, estava em 0,45%. No caso de janeiro, a projeção foi de 0,50% para 0,48%, ante 0,50% de quatro semanas antes.

PIB.  O mercado financeiro elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 e 2018. A expectativa de alta para o PIB deste ano passou de 0,89% para 0,91% no Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje. Há um mês, a perspectiva estava em 0,73%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,60% para 2,62%. Quatro semanas atrás, a expectativa era de 2,50%. Em 1º de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre. Apesar de modesto, o número foi bem recebido pelo mercado. Um dos motivos foi o crescimento do investimento produtivo, de 1,6% no trimestre, na primeira alta após 15 quedas consecutivas. No Focus de hoje, a projeção para a produção industrial deste ano seguiu com avanço de 2,00%. Há um mês, estava em 1,96%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial permaneceu em 2,90%, ante 2,73% quatro semanas antes. Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 foi de 52,10% para 52,15%. Há um mês, estava em 52,30%. Para 2018, a expectativa no boletim Focus foi de 55,55% para 55,70%, ante 55,81% de um mês atrás.

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