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Mercado retraído com aniversário de ataques

O aniversário dos ataques terroristas nos Estados Unidos amanhã está mantendo os investidores cautelosos. O resultado das pesquisas foi bem recebido, mas já havia sido antecipado ontem e não teve muito efeito.

Por Agencia Estado
Atualização:

O volume de negócios nos mercados hoje está muito baixo, e o ambiente é de cautela com o aniversário dos ataques terroristas a Washington e Nova York amanhã. Além disso, o resultado das pesquisas eleitorais, indicando José Serra (PSDB/PMDB), o favorito dos mercados, isolado em segundo lugar, já havia sido antecipado ontem e não teve muito efeito sobre as cotações. E os avanços de Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PL) trazem a possibilidade de que ele vença no primeiro turno. Para a maioria dos investidores, o sentimento de medo que envolve o 11 de setembro é irracional e muito mais psicológico do que qualquer outra coisa. Do ponto de vista racional, as possibilidades de ocorrer algum tipo de ataque contra os EUA ou outro país aliado são muito pequenas porque o sistema de alerta do mundo inteiro está ligado. Mas na dúvida, os investidores, tanto aqui quanto lá fora, preferem não pagar para ver e aguardam o desenrolar dos acontecimentos, que não se esgotam nesta quarta-feira. Há a ameaça de uma guerra contra o Iraque num momento de fragilidade da economia norte-americana. E, dependendo, dos indicadores econômicos que serão divulgados até sexta-feira pode ser reforçado ou não o temor de recessão nos EUA. São motivos mais do que suficientes para manter os investidores retraídos. Os preços do petróleo se mantiveram em alta. No mercado de câmbio, o dólar operou em alta, chegando a R$ 3,15. Operadores dizem que o baixo volume de negócios favorece a especulação com as taxas para o fechamento dos valores dos US$ 1,9 bilhões em títulos cambiais com vencimento amanhã. Fala-se também que, para os próximos dias, outro fator que contribui para a alta do dólar é uma perspectiva de fortes saídas de recursos. Segundo estimativas de um profissional de mercado ouvido pela Agência Estado, de hoje até o dia 18, vencem cerca de US$ 600 milhões de dívida privada no exterior. A expectativa é que boa parte desses compromissos seja honrada. Mercados Às 15h, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,1550; em alta de 1,77% em relação às últimas operações de ontem. Ao longo do dia, o valor mínimo negociado foi de R$ 3,1030 e o máximo, de R$ 3,1550. Com o resultado apurado agora, o dólar acumula uma alta de 36,23% no ano e de 4,47% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagavam taxas de 20,460% ao ano, frente a 20,190% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 apresentam taxas de 22,850% ao ano, frente a 22,500% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 0,97% em 9857 pontos e volume de negócios de cerca de R$ 245 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 27,41% em 2002 e de 1,29% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, 10 apresentaram alta. O principal destaque são os papéis da Globocabo PN (preferenciais, sem direito a voto), com queda de 10,87%. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - apresenta alta de 0,13% (a 8530,5 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - sobe 0,18% (a 1306,96 pontos). O euro opera em queda de 0,62%; sendo negociado a US$ 0,9740. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 0,15% (376,10 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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