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Mercado tem dúvidas sobre decisões do BC

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado acionário brasileiro operou pressionado por dois fatores: a decisão do Banco Central ontem de elevar a Selic, além de aumentar o compulsório sobre depósito à vista, e as quedas das Bolsas em Nova York. O Ibovespa fechou em baixa de 0,34%, com volume financeiro de R$ 425 milhões, enquanto às 18 horas, o Dow Jones caía 1,14% e a Nasdaq recuava 0,23%. O mercado de juros futuros, que já contava com uma alta da taxa Selic na reunião do Copom, não teve razão para grandes ajustes hoje. Assim, encerrou o pregão praticamente no nível do fechamento de ontem. Mas, segundo operadores, isso não significa que o mercado esteja convencido de que a dose do remédio tenha sido esgotada. Entre profissionais, ainda vigora a avaliação de que, considerando os números de inflação, novas altas de juro estão por vir. E, por isso, as próximas prévias dos índices e o comportamento do dólar - ainda o grande vilão da inflação - é que ditarão o rumo da curva de juros. O mercado cambial reagiu com especulação às declarações do chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. O dólar comercial zerou as quedas da manhã e disparou para a máxima do dia, de R$ 3,635 (+0,55%), logo após Lopes ter informado que o Tesouro poderá comprar este ano até US$ 2,167 bilhões no mercado para ajudar o governo a pagar parte dos US$ 6,078 bilhões de juros previstos para serem quitados em 2003. A procura por moeda à vista aumentou imediatamente. Mas, à tarde, os players avaliaram que eventuais compras, se vierem a ser feitas de fato, poderão ser graduais ao longo do ano, o que poderia diluir o impacto sobre as cotações à vista. No fechamento, o dólar voltou à estabilidade, cotado a R$ 3,615.

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