BRASÍLIA - As projeções do mercado financeiro para a economia brasileira voltaram a piorar um pouco mais. Os analistas de instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central para a elaboração do Boletim Focus alteraram, por exemplo, a previsão para o IPCA (o índice oficial de preços) para este ano, passando de alta de 7,27% para 7,58%. Há um mês, estava em 6,88%. A projeção para o índice em 2022 foi de 3,95% para 3,98%. Quatro semanas atrás, estava em 3,84%.
A projeção dos economistas para a inflação segue bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%, e já equivale a mais que o dobro do centro da meta para o ano, que é de 3,75%. A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos (de 2% a 5%).
O mercado também elevou suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. A mediana das previsões para este ano passou de 7,50% ao ano para 7,63%. Há um mês, estava em 7,25%. No caso de 2022, a projeção também aumentou, de 7,50% ao ano para 7,75%, ante 7,25% de um mês antes.
No começo de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu pela quarta vez consecutiva a Selic e acelerou o ritmo ao elevá-la em 1 ponto porcentual, para 5,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, em setembro.
Os economistas alteraram ainda suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A expectativa para a economia este ano passou de alta de 5,22% para elevação de 5,15%. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,30%. Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,00% para 1,93%. Quatro semanas atrás, estava em 2,05%.