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Mercado vê IPCA próximo de 6%; juro deve ir a 14,25%

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Por Redação
Atualização:

As expectativas do mercado em relação ao comportamento dos preços no país pioraram na última semana, e carregaram junto as projeções para a taxa básica de juro, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira. No levantamento feito pelo Banco Central, os analistas consultados elevaram para 5,80 por cento, ante 5,55 por cento, a estimativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008. Para o próximo ano, a estimativa para o IPCA foi ajustada para 4,63 por cento, levemente acima dos 4,60 por cento projetados na pesquisa anterior. A meta de inflação para os dois anos é de 4,50 por cento, com margem de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. Em maio, o IPCA registrou um avanço de 0,79 por cento, a maior alta para meses de maio desde 1996. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deixou claro na ata da reunião de junho que fará "o que for necessário" para manter os preços dentro da trajetória das metas. O mercado entendeu o sinal: a taxa básica de juro continuará sendo elevada. As projeções feitas pelos analistas mostram isso claramente. Depois de elevar a taxa Selic em abril e junho em 1 ponto percentual, para 12,25 por cento, os analistas acreditam que o ciclo de aperto monetário será mantido ao longo dos próximos meses, até que em dezembro, o juro básico esteja em 14,25 por cento. Na pesquisa anterior, a projeção indicava uma taxa de 14 por cento para o final deste ano. Para 2009, a projeção para o juro em dezembro subiu para 12,75 por cento, ante 12,50 por cento no levantamento passado, o que indica que mesmo o alívio esperado para o próximo ano não terá o mesmo tamanho do anteriormente previsto. Ao mesmo tempo em que o cenário traçado para inflação e juro se deterioram, os analistas acreditam que a economia brasileira continuará crescendo em ritmo saudável. A estimativa para a taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 é de 4,80 por cento, acima dos 4,77 por cento projetados na pesquisa anterior. Para 2009, a previsão continua sendo de crescimento de 4 por cento. (Por Renato Andrade)

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