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Mercado vê na ata que juro não deve subir além de setembro

Por Cenário: Denise Abarca
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Enquanto os economistas das instituições financeiras discutiram os argumentos do Comitê de Política Monetária (Copom) na ata divulgada, ontem, para justificar a alta de 0,50 ponto porcentual da Selic, a 10,75% ao ano, o mercado de juros fez uma leitura pragmática do documento, reforçando as apostas de que o ciclo de aperto monetário está prestes a terminar, se é que já não acabou neste mês. O texto teve um tom mais otimista em relação ao cenário prospectivo para a inflação, conforme previsto, mas sem força para imprimir oscilação relevante aos juros de curto prazo, que desde a manhã rondaram a estabilidade. As taxas de longo prazo, que avançaram na sessão matutina, zeraram os ganhos à tarde após o impacto do megaleilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional. O juro para outubro de 2010 ficou em 10,71% ante 10,72% na véspera; para janeiro de 2011 encerrou em 10,80%, de 10,83% anteriormente; e para janeiro de 2014 manteve-se em 11,97%.A ata mostrou que o Copom está mais otimista sobre a diminuição dos riscos para a concretização do cenário benigno da inflação. Na curva de juros, para setembro, cresceu a probabilidade de uma alta derradeira da Selic de 0,25 ponto, que divide espaço com a aposta de manutenção do atual nível, enquanto a projeção de elevação de 0,50 ponto ficou bastante enfraquecida.A Bovespa subiu pelo 9º dia consecutivo, somando ganhos de 7,40% no período. O Ibovespa avançou 0,22%, aos 66.953,83 pontos, amparado em ações de empresas ligadas ao consumo e construção.No câmbio, o dólar caiu 0,51%, a R$ 1,7610 no balcão.

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