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Mercados abrem pessimistas

O impacto dos conflitos entre os Estados Unidos e países aliados contra grupos terroristas na economia mundial é um dos motivos para o pessimismo dos investidores na abertura dos negócios. A situação argentina também preocupa.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados no Brasil abriram mais pessimistas hoje, depois dos ataques norte-americanos ao Afeganistão. É certo que a retaliação norte-americana aos ataques terroristas de 11 de setembro já era esperada, mas permanecem as incertezas em relação ao impacto deste cenário de conflitos no ritmo da atividade econômica mundial. O dólar comercial abriu em alta. Há pouco estava cotado a R$ 2,8020 na ponta de venda dos negócios, com alta de 0,79% em relação aos últimos negócios de sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 1,27%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 24,730% ao ano, frente a 24,450% ao ano registrados na sexta-feira. Em Nova York, mesmo com o feriado do Dia do Colombo, as bolsas operam normalmente. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - está em queda de 0,66%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - opera com alta de 0,09%. Argentina: segundo foco de preocupações Hoje também é feriado no país vizinho e os negócios na Bolsa de Buenos Aires estão fechados. Também os negócios com títulos da dívida argentina estão paralisados em função do feriado norte-americano. No final da semana passada cresceu a desconfiança dos investidores em relação à situação financeira argentina, quando a taxa de risco chegou a um novo recorde: 1.923 pontos base. Analistas esperam a divulgação de novas medidas econômicas amanhã, após o encontro do presidente argentino Fernando De la Rúa com o presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso. Mas não há nenhuma expectativa de que tais medidas revertam este pessimismo em relação aos rumos econômicos para o país vizinho. Ainda mais neste momento, quando a tendência é de desaquecimento da atividade econômica mundial, em função dos conflitos entre os Estados Unidos e aliados contra grupos terroristas. Para o Brasil, as duas situações - desaquecimento econômico mundial e crise na Argentina - são muito negativas. O país necessita de dólares para fechar suas contas e, dado às incertezas externas, este fluxo de recursos deve diminuir. Segundo apurou o repórter Rodney Virgili, o relatório do Deutsche Bank estima que o investimento direto estrangeiro no Brasil deve chegar a apenas US$ 11 bilhões em 2002, contra uma previsão governamental de US$ 16 bilhões. A previsão do Deutsche Bank é quase um terço do investimento realizado na economia brasileira em 2000 - de US$ 32,8 bilhões - e menor também que a estimativa do Banco Central para 2001 - de US$ 19,0 bilhões. Veja mais informações sobre as expectativas para o dia no mercado financeiro no link abaixo. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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