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Mercados abrem tranqüilos em véspera de feriado

A situação argentina continua grave e ainda há muitas incertezas sobre o ritmo da atividade econômica norte-americana. No Brasil, os mercados mantêm a cautela, mas operam mais tranqüilos

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados no Brasil mantêm a tranqüilidade, enquanto permanecem atentos à situação argentina e aos conflitos na Ásia Central. Ontem o presidente argentino Fernando De la Rúa conseguiu fechar acordo com quatro governadores do Partido Justicialista (oposição) - Jujuy, Formosa, Misiones e Tucumán. Considerada a província mais endividada, Buenos Aires continua fora do acordo, mas a correspondente Marina Guimarães apurou que esta negociação pode ser finalizada ainda hoje, juntamente com as províncias de Santa Fé e Córdoba. Amanhã é feriado nacional - Dia da Proclamação da República -, o que pode provocar alguma pressão sobre o câmbio hoje, já que os negócios na Argentina funcionarão normalmente. Os investidores têm reduzido a demanda por dólares e começam a se perceber sinais de enfraquecimento da influência argentina sobre os mercados no Brasil. Exemplo disso é a taxa de risco dos dois países nesta manhã. Enquanto a taxa argentina subia para 2.608 pontos-base, no Brasil a taxa de risco recuava. Há pouco estava em 994 pontos-base. Analistas consideram que os fundamentos da economia brasileira têm melhorado. É o caso da balança comercial que tem registrado saldo positivo, ou seja, com importações menores que exportações. É fato que este resultado tem sido motivado, principalmente, pela desvalorização do real frente ao dólar, o que torna os produtos brasileiros mais competitivos, e pelo desaquecimento econômico interno. De qualquer forma, um saldo positivo da balança comercial reduz a dependência de financiamento das contas brasileiras, o que é um ponto muito favorável para o País. Economia norte-americana é foco de atenção Mas a continuidade deste cenário depende do ritmo da atividade econômica norte-americana, já que os Estados Unidos são os importadores de grande parte da produção mundial. O governo norte-americano tem sido muito agressivo em sua política de corte de juros. Após os atentados terroristas em 11 de setembro, as taxas já foram reduzidas em 1,5 ponto porcentual e hoje estão em 2,0% ao ano. Por outro lado, o consumidor norte-americano ainda está muito retraído, dadas as incertezas provocadas principalmente pela situação de guerra que o país atravessa, com o risco de novos atentados terroristas e aumento do temor provocado pelo aparecimento de inúmeros casos de antraz. Isso faz com que, apesar da queda dos juros, o consumo continue muito fraco, o que contribui para a queda da inflação. Na sexta-feira, será anunciado o índice de inflação ao consumidor (CPI) e alguns analistas já esperam por um número negativo, o que significa deflação. O resultado é que o juro real - juro nominal menos inflação - não cai no ritmo desejado pelo Banco Central dos Estados Unidos (Fed). Veja os números do mercado financeiro Hoje o dólar comercial iniciou o dia em leve alta e às 11h12, estava cotado a R$ 2,5280 na ponta de venda dos negócios, com alta de 0,24% em relação aos últimos negócios de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 20,670% ao ano, frente a 20,720% ao ano registrados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 0,12%. Segundo apurou a repórter Elisabete Francio, o saldo dos investimentos estrangeiros na Bovespa nos primeiros 10 dias de novembro apontou um superávit de R$ 131,683 milhões. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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