Publicidade

Mercados aguardam medidas na Argentina

A situação da Argentina continua no foco das atenções no mercado financeiro. Investidores aguardam medidas concretas para que o país tenha capacidade de honrar suas dívidas e voltar ao crescimento.

Por Agencia Estado
Atualização:

As incertezas dos investidores em relação às medidas concretas que o ministro da Economia na Argentina, Domingo Cavallo, precisa tomar para que o país tenha capacidade de honrar suas dívidas e retomar o crescimento econômico provocam forte instabilidade no mercado financeiro no Brasil. Além dos problemas econômicos, o país vizinho começa a dar sinais de nervosismo também no cenário político. O mercado financeiro aguarda a qualquer momento o anúncio da demissão do presidente do Banco Central, Pedro Pou. Porém, o presidente da instituição acena com resistência em deixar o cargo. No mercado de juros, as taxas voltaram a subir fortemente durante a manhã. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 23,800% ao ano, frente a 22,750% ao ano ontem. O dólar comercial está cotado a R$ 2,2850 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,84% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em alta de 0,84%. Além da Argentina, o mercado também monitora o cenário interno. Hoje, líderes do PT afirmaram que só faltam três assinaturas, na Câmara, para viabilizar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção. Alguns analistas ainda acham difícil sair a Comissão, pois sempre há reversão de assinaturas na última hora. Mas o fato é que o cenário político continua complicado. Para amanhã, por exemplo, há grande expectativa com o depoimento do senador Antonio Carlos Magalhães sobre a violação no painel do Senado. No campo econômico, será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve explicar com mais detalhes a última alta da taxa básica de juros (Selic), de 15,75% para 16,25% ao ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.