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Mercados aguardam resultado de operação do BC

Os investidores estão atentos ao resultado do leilão realizado pelo BC, que tem por objetivo postergar o pagamentos de títulos cambiais. Caso a operação seja um sucesso, o ambiente nos mercados pode melhorar.

Por Agencia Estado
Atualização:

O leilão de contratos de swap (troca) cambial, realizado nesta manhã, com objetivo de postergar vencimentos de títulos cambiais em torno de US$ 990 milhões, concentrou todas as atenções dos investidores durante a manhã. Esses vencimentos fazem parte de um lote total de US$ 2,3 bilhões, cujo vencimento ocorre no dia 2. A moeda norte-americana abriu em alta com os investidores cautelosos em relação a essa operação. Na abertura dos negócios, o dólar foi vendido a R$ 3,5800, em alta de 0,56% em relação aos últimos negócios de sexta-feira. O patamar mínimo do dia foi de R$ 3,5300, enquanto a máxima chegou a R$ 3,5850. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em abril pagam taxas de 25,350% ao ano, frente a 25,490% ao ano na sexta-feira. Leilão sinalizará ambiente nos mercados Os especialistas explicam que a atenção do mercado para essa operação se justifica porque o resultado oficial deverá definir a trajetória das cotações do dólar no curto prazo, o que acaba influenciando também os outros mercados. A avaliação é de que, se a operação de hoje se mostrar um sucesso, será um sinal de que o mercado interno está receptivo a assumir dívida cambial. Isso sinalizaria que o BC terá um final de ano tranqüilo no que diz respeito à administração da dívida, o que elimina um dos maiores fatores de possíveis pressões de alta na moeda norte-americana. Mas se o leilão for um fracasso, a moeda norte-americana tende a assumir uma trajetória de alta, como a observada na abertura dos negócios. Além disso, continuarão sendo determinantes as notícias sobre a sucessão e os dados de inflação. Agora há pouco, por exemplo, o coordenador da equipe de transição do PT, Antônio Palocci, afirmou que Lula pode antecipar o anúncio dos nomes que irão compor sua equipe econômica. Essa é a notícia mais esperada pelos investidores desde o resultado das urnas. Se os nomes, sobretudo o da presidência do Banco Central (BC), agradarem, o dólar deverá sofrer pressão de baixa. Bolsa em ritmo lento No mercado de ações, às 14h30, o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) - opera com leve queda de 0,07%. O destaque da manhã ficou por conta da forte desvalorização das ações da Embratel. Depois de ter disparado mais de 20% no fechamento de sexta-feira, com notícias de que Telefônica, Telemar e Brasil Telecom estariam negociando a aquisição da empresa, as ações devolveram uma parte da valorização e chegaram a cair mais de 14% no começo dos negócios. No início da tarde, os papéis diminuíram um pouco a perda. As preferenciais (PN, sem direito a voto) caíam 8,90%, enquanto as ordinárias (ON, com direito a voto) desabavam 9,36%. Durante a manhã, a Bovespa divulgou o saldo de investimentos estrangeiros em Bolsa. A saída de capital estrangeiro está perdendo fôlego, confirmando notícias sobre o retorno lento de recursos externos. Segundo levantamento da Bovespa divulgado esta manhã, até o dia 20, a saída de recursos estrangeiros foi de R$ 72,687 milhões em novembro. Mercados internacionais Em Nova York, as bolsas registram leve alta. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - operava em alta de 0,15% e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - em alta de 0,42%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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