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Mercados ainda apreensivos com Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

Ontem o governo argentino conseguiu leiloar títulos de 364 dias no valor de US$ 1,1 bilhão, a uma taxa de 16% ao ano, muito superior ao leilão anterior, há quinze dias, quando as taxas ficaram em 10% ao ano. Para muitos analistas, o simples fato de que o mercado aceitou os títulos já pode ser considerado uma vitória para o governo. Além disso, as taxas de juros ficaram dentro do esperado, dada a apreensão com a situação econômica da Argentina. O índice Merval da Bolsa de Buenos Aires fechou em alta de 1,06%. Mas a atenção dos mercados à situação argentina continua. As necessidades financeiras do governo estão cobertas para este ano e o Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou estarem disponíveis para o país dois pacotes de US$ 2 bilhões, um para 2000 e outro para 2001. Mas enquanto os problemas estruturais do país não apresentarem sinais de melhora, os riscos, e, portanto, a tensão nos mercados, continuam. As oscilações nos mercados brasileiros foram extremas ontem, e como os resultados do leilão argentino saíram no final da tarde, não se pode dizer que os seus efeitos foram absorvidos totalmente pelo mercado. A eleição nos Estados Unidos esfriaram os negócios ontem. Mas, de qualquer maneira, não se espera que o resultado, independente do que ocorra, afete as bolsas. Ainda assim, os investidores revelam uma leve simpatia pelo candidato, George W. Bush. Se a provável vitória do democrata Al Gore tiver algum efeito, por menor que seja, deve ser sentido hoje.

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