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Mercados: ajustes devido ao petróleo

Mesmo com o anúncio de aumento da produção em 800 mil barris diários, o petróleo continua subindo. As bolsas caíram no mundo todo, e, aqui, também houve ligeiro aumento nas taxas de juros e cotações do dólar. Mas, inflação dá sinais de queda.

Por Agencia Estado
Atualização:

O resultado da reunião de ontem dos ministros de petróleo dos países-membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) afetou os mercados no mundo inteiro. Apesar da decisão de aumento da produção em 800 mil barris diários, os preços do produto continuam subindo. O preço do barril do tipo Brent para entrega em outubro subiu 0,84%, fechando em US$ 33,62 em Londres. Analistas avaliam que o maior problema foi a redução nos estoques sofrida nos últimos dois anos devido a um aumento na demanda e redução da produção, determinada pela Opep. Apesar das altas nas ações de empresas ligadas ao setor de petróleo, as bolsas nos EUA caíram. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,22%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 2,06%. No Brasil, a Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - fechou em queda de 0,84%. Mas ações da Petrobras valorizaram-se. Os papéis ordinários - ON, com direito a voto - fecharam o dia cotados a R$ 60,39, com alta de 1,22% e os preferenciais - PN, sem direito a voto - fecharam em R$ 57,70, em alta de 2,12%. Com o desfecho do descruzamento das ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), as ações das duas empresas valorizaram-se. CSN ON fechou em alta de 3,75%. De qualquer modo, não se espera que os aumentos observados afetem a inflação brasileira. O governo deve conter ao máximo repassar esses aumentos para os combustíveis. Apesar de atentos aos índices de inflação, os mercados estão tranqüilos em relação à queda dos patamares depois dos picos de julho e agosto. Hoje, após o pregão, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a primeira prévia do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que ficou em 0,57%. A previsão dos analistas era 0,60%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 16,870% ao ano, frente a 16,810% ao ano sexta-feira. Amanhã será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) de agosto. Esse é o índice oficial de inflação do Brasil. Na quinta-feira, será divulgada a primeira prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de setembro. Nos EUA, a inflação também é destaque na agenda da semana, com a divulgação do PPI (inflação ao produtor) na quinta e do CPI (inflação ao consumidor) na sexta. O mercado de câmbio está bastante estável, sofrendo pequenas oscilações em função das variações diárias no fluxo de dólares que entra e sai do Brasil. Hoje, o dólar fechou em R$ 1,8230, com alta de 0,11%.

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