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Mercados ansiosos com ACM e Cavallo

Depoimento de ACM sobre escândalo no Senado e busca de votos para instauração da CPI da corrupção na Câmara serão decisivos. O governo argentino também está sob pressão, e ontem já anunciou novos cortes no orçamento. Espera-se que o dia seja muito tenso.

Por Agencia Estado
Atualização:

A tensão continua em alta nos mercados, enquanto a grave situação da economia argentina e a crise política em Brasília estão em momentos cruciais. Ontem o dólar chegou a ser negociado a R$ 2,31 e os juros dispararam. Hoje às 14h30, depõe o Senador Antônio Carlos Magalhães sobre a acusação de que ele teria sido o mandante do processo de violação do painel da votação secreta na sessão de cassação do ex-Senador Luís Estêvão. O depoimento de ACM causa muita expectativa, pois pode marcar o início da operação abafa, para reduzir as conseqüências do escândalo, mas também pode ter efeitos desastrosos, como a cassação do Senador. Esse seria o combustível que estava faltando para o aprofundamento das investigações contra o Senador Jader Barbalho, acusado de envolvimento o desvio de verbas da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Outra conseqüência pode ser o fortalecimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pedida pelas oposições, para investigar denúncias de corrupção no Executivo federal. Já há assinaturas suficientes no Senado e o PT anunciou ontem que faltam apenas três na Câmara para a instauração de uma Comissão mista. Incerteza com Argentina aumenta A resistência do presidente do Banco Central da Argentina, Pedro Pou, em deixar o cargo, para ser substituído por Roque Maccarone conseguiu desestabilizar ainda mais a situação do país. Isso pode reverte-se, em parte, já que Maccarone tomou posse como novo presidente do Banco Central argentino, ontem à noite, na Casa Rosada, logo após o decreto do presidente de la Rúa que destituiu do cargo Pedro Pou, por "má conduta e cumprimento negligente de suas funções". A nomeação de Maccarone é interina e depende da aprovação do Senado. No campo econômico, os mercados e o FMI cobram, cada vez mais energicamente, o anúncio de um plano viável para a solução da crise que o país atravessa. Ontem foram anunciados cortes orçamentários de US$ 700 milhões e correm boatos de que o governo esteja negociando a reestruturação da dívida argentina de curto prazo. O ambiente está muito tenso e cada acontecimento tem reflexo imediato nas cotações. IPC-Fipe e ata do Copom saem hoje Pela manhã, será divulgada a ata da última reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada no dia 18, quando a Selic, taxa básica referencial da economia, foi elevada de 15,75% para 16,25% ao ano. O dia no mercado financeiro começou com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que ficou em 0,58% na terceira quadrissemana do mês de abril. O índice ficou superior ao apurado no período anterior, quando o IPC foi de 0,51%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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