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Mercados apreensivos com economia dos EUA

Os mercados financeiros no mundo inteiro hoje demonstraram preocupações com a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos. No Brasil, a Bolsa caiu e o dólar subiu. Os juros permanecem estáveis.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados financeiros hoje sofreram quedas em função das preocupações com o desaquecimento da economia norte-americana. Dados recentes confirmam a queda nas taxas de crescimento da economia, mas os temores agora são que esse declínio ocorra de forma abrupta, resultando em uma recessão. Se isso acontecer, segundo analistas, a redução dos juros anunciada na quarta-feira será incapaz de conter o processo, pois demora de seis meses a um ano para surtir efeito. Enquanto isso, empresas norte-americanas estão anunciando resultados abaixo do previsto, deteriorando as cotações nas bolsas em Nova York. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 2,29%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 6,19%. Se houver mesmo uma recessão nos Estados Unidos, os fluxos de investimentos para o Brasil serão prejudicados, afetando os mercados no País. Hoje, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,60%. O dólar fechou em R$ 1,9550, com alta de 0,57%, secundariamente afetado pelo calote anunciado pela Rússia nas suas obrigações referentes ao primeiro trimestre do ano com o Clube de Paris. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 16,330% ao ano, frente a 16,350% ao ano ontem. Os analistas têm divergido muito nas suas previsões sobre a próxima reunião mensal do Conselho de Política Monetária (Copom). Espera-se uma queda na Selic, a taxa básica referencial de juros, entre 0,25 e 0,75 ponto porcentual.

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