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Mercados asiáticos continuam a cair pelo segundo dia

Em Xangai, ações estavam se recuperando nesta quarta-feira, com alta de 1,2%

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia depois de a maior queda registrada na bolsa de valores de Xangai nos últimos 10 anos ter provocado perdas nos principais mercados internacionais, as bolsas asiáticas continuam em baixa nesta quarta-feira. No Japão, o índice TOPIX registra queda de 3,88%, e o índice Nikkei 225 caiu 3,56%, ou 664,85 pontos, durante a manhã desta quarta-feira (noite de terça-feira pelo horário de Brasília). "Todo mundo está esperando para ver quando vão parar de vender", disse à agência de notícias Reuters Toshihiko Matsuno, do SMBC Friend Securities, em Tóquio. Os mercados continuam em baixa também em diversos países da Ásia e do Pacífico, como Coréia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Malásia. Mas na Bolsa de Xangai, cuja queda na terça-feira derrubou os mercados mundiais, as ações estavam se recuperando nesta quarta-feira, com alta de 1,2%. Depois que o temor de mudanças nas regras do mercado de ações da China derrubaram as bolsas em todo o mundo, as autoridades chinesas também se adiantaram nesta quarta-feira para reparar os danos e negaram as mudanças. Forte baixa Em Seul, a bolsa registrava queda de 3,9% na manhã desta quarta-feira. Na Nova Zelândia, as ações apresentavam queda de 3%, a maior desde os 5% registrados no 11 de Setembro de 2001. A queda na Austrália também foi a maior dos últimos seis anos. O índice SP/ASX 200 caiu 3,45%, ou 206,9 pontos, apenas nos primeiros 30 minutos após a abertura dos mercados. Na Bolsa de Cingapura, o índice Straits Times abriu com queda de 4,82% nesta quarta-feira. A bolsa da Malásia registrou uma das piores quedas, de 8,17%, ou 101 pontos, nos primeiros minutos de pregão. Este é o segundo dia de perdas nos mercados internacionais. Na terça-feira, as perdas registradas em mercados ao redor do mundo foram provocadas pela queda de 8,8% do índice Shanghai Composite (SCI) da Bolsa de Xangai, causada por temores em relação à economia chinesa. Mudança de regras Uma das principais causas dessa reação dos mercados foi o rumor de que o governo chinês possa mudar as regras do mercado acionário. Muitos investidores temem que sejam adotadas regras mais duras que limitem o investimento nas bolsas do país. A China é um dos principais mercados emergentes para muitos investidores, com um crescimento econômico vigoroso e com a venda de ações de algumas de suas maiores companhias pelo governo. No entanto, o governo chinês têm buscado maneiras de desacelerar o crescimento para evitar um superaquecimento da economia. Isso faz com que muitos investidores temam uma regulação mais rígida, que poderia limitar o investimento no mercado de ações. Crescimento dos EUA Além dos rumores sobre a mudança de regras na China, em Wall Street o sentimento do investidor também foi afetado por novos resultados mostrando que o crescimento da economia americana pode estar mais lento do que o previsto. Um relatório do governo mostrou que a procura por bens duráveis em janeiro teve a maior queda dos últimos três meses. O governo americano afirmou que está acompanhando a situação de perto e que o presidente George W. Bush está sendo informado sobre os movimentos do mercado internacional por seu secretário do Tesouro, Henry Paulson. Reações Esse temor provocou uma reação nas bolsas de todo o mundo na terça-feira. O índice Dow Jones, em Nova York, chegou a cair mais de 500 pontos na terça-feira, antes de fechar com queda de 416,02 pontos, ou 3,29%, fechando em 12.216,24 pontos. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou com queda de 2,3%, ou 148,6 pontos. Em São Paulo, o índice Bovespa caiu 6,6% na terça-feira - a pior baixa desde o 11 de Setembro. Texto atualizado às 04h24 include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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