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Mercados: ata do Copom não traz novidades

O mercado financeiro não foi surpreendido com a divulgação da ata do Copom, referente à última reunião realizada pelo Comitê, em que a Selic foi reduzida de 18,75% para 18,50% ao ano. O conservadorismo já havia sido antecipado pelo relatório de inflação, divulgado ontem pelo BC.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro não foi surpreendido pelas informações contidas na ata referente à última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), há pouco divulgada. Apenas reafirmando o que já havia tratado o relatório de inflação, divulgado ontem, o Banco Central (BC) continuará conduzindo a política monetária de maneira conservadora, por conta da pressão sobre a inflação com o reajuste dos preços administrados e do petróleo. De acordo com a ata, diante das projeções para a inflação, há espaço para queda de juro, mas de maneira bastante gradual e lenta. "O efeito secundário sobre a inflação dos aumentos de preços administrados por contrato e monitorados e a incerteza que ainda prevalece sobre a velocidade da queda dos preços livres recomendam uma trajetória cautelosa na condução da política monetária", justificam os diretores BC. As projeções feitas pelos diretores indicam reajustes dos preços administrados por contrato e monitorados de 6,8% para 2002 e 4,5% para 2003, com contribuição direta de 2,1 pontos porcentuais e 1,4 pontos porcentuais para o IPCA, respectivamente. Essa pressão sobre a inflação acaba tornando a convergência da inflação às suas metas "mais lenta e custosa", segundo análise feita pelos diretores do BC. Sem novidades importantes, as apostas do mercado devem ser de que, nos próximos meses, a Selic deve seguir o ritmo de queda de 0,25 ponto a cada reunião. Hoje, por ser véspera de feriado, é provável que o volume de negócios fique restrita e haja pouco espaço para oscilações fortes. O mercado seguirá, no entanto, bastante atento ao noticiário político e também de olho na inflação e no preço do petróleo. Números do mercado Há pouco, o dólar comercial estava cotado a R$ 2,3230, em queda de 0,04% em relação aos últimos negócios de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em outubro, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagam juros de 18,200% ao ano frente a 18,250% negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 0,18%.

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