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Mercados atentos à questão de energia

O impacto do problema de falta de energia elétrica na economia brasileira ainda não está totalmente dimensionado. Os investidores preferem manter uma postura de cautela, enquanto o plano de racionamento ainda está em análise.

Por Agencia Estado
Atualização:

O problema de falta de energia no País é a questão principal nas mesas de operação do mercado financeiro. Os investidores refazem suas contas para tentar dimensionar o impacto da escassez de energia na economia brasileira. Com uma falta de solução no curto prazo e sem um plano eficiente para o racionamento, os investidores mantêm-se apreensivos. Hoje, a pedido do presidente Fernando Henrique Cardoso, a Advocacia Geral da União (AGU) começa a se reunir com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de entidades de defesa do consumidor, a fim de analisar as medidas do plano de racionamento. O governo quer corrigir "excessos" desnecessários que foram muito criticados na reedição da Medida Provisória (veja mais informações no link abaixo). O mercado financeiro começou o dia atento à questão. O dólar está cotado a R$ 2,3190 na ponta de venda dos negócios - estável em relação ao fechamento de sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,74%. No cenário interno, outro ponto de preocupação para os investidores é o desenrolar da crise política. A expectativa fica por conta do discurso de renúncia do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), marcado para quarta-feira, às 16h. É certo que ele vai criticar o atual governo, principalmente em relação ao problema de energia no Brasil. Além disso, o senador baiano pode tentar ressuscitar a CPI da Corrupção. Mas um ataque mais forte ao presidente é menos provável. A primeira notícia do dia no cenário interno foi a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), referente à terceira quadrissemana de maio, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado ficou em 0,13%. No período anterior, a alta foi de 0,36%. Os índices de inflação têm despertado preocupação cada vez maior por parte dos analistas. Isso porque, com a alta do dólar, o preço dos produtos e insumos importados, assim como o de produtos exportáveis, têm registrado alta. O governo possui uma meta de inflação para esse ano de 4%, com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais. A maioria dos analistas considera que a inflação pode ultrapassar o patamar máximo de 6%, pressionada pelo dólar e pelo problema de energia no País. Cenário Externo Em relação à Argentina, os detalhes da operação de troca (swap) dos papéis da dívida argentina de curto prazo por títulos com vencimento mais longo já foram anunciados. A única expectativa fica por conta do volume, que deve ser anunciado no dia 4 de junho. As indicações apontam para um total de até US$ 20 bilhões. Nos Estados Unidos, o mercado financeiro está fechado hoje, em função do feriado do Memorial Day. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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