PUBLICIDADE

Publicidade

Mercados atentos à situação argentina

A crise política que começa a tomar dimensões maiores na Argentina deixa os investidores inseguros, o que mantém elevada a demanda por dólares como forma de hedge (segurança). Isso pode pressionar um pouco mais as cotações.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro deve ter mais um dia de atenção à situação argentina. O governo do país vizinho começa a enfrentar um desgaste do lado político devido ao impasse em relação à uma dívida entre a União e as províncias. A reunião marcada para hoje entre o governo federal e os governadores da oposição (Partido Justicialista) pode não acontecer. O problema é que o governo tem uma dívida de US$ 225 milhões com as províncias, sendo que o ministro da Economia, Domingo Cavallo, sustenta que, deste total, US$ 63 milhões já foram repassados, conforme apurou a correspondente Marina Guimarães. O valor devido seria destinado à assistência social e, segundo Cavallo, a dificuldade em captar recursos devido aos juros altos faz com que o governo argentino tenha que cortar gastos. O certo é que o governo federal não tem de onde tirar estes recursos. Caso o impasse não tenha um desfecho favorável a ambas as partes, é muito provável que o presidente Fernando De la Rúa perca o apoio político para aprovar medidas de grande importância para a retomada do crescimento econômico e estabilidade financeira. Os investidores assustam-se com a situação argentina e o resultado disso é uma elevação da taxa de risco do país, que vem se mantendo acima de mil pontos - patamar alcançado antes da operação de troca (swap) de títulos da dívida argentina de curto prazo por papéis com vencimento mais longo. Veja mais sobre o que significa a taxa de risco de um país na próxima matéria. Veja como está o mercado financeiro O dólar começou o dia cotado a R$ 2,3380 na ponta de venda dos negócios, com alta de 0,26% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em alta de 0,95%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 22,970% ao ano, frente a 23,180% ao ano ontem. No mercado internacional, o índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires está estávem em relação ao fechamento de ontem. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - opera com queda de 0,49%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registra queda de 1,03%. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.