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Mercados atentos aos novos rumos na Argentina

Com a entrada de Cavallo no comando da economia argentina, as medidas para gastos públicos e retomada do crescimento podem ter um apoio político maior. Os mercados operam em compasso de espera.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro começa o dia avaliando as novas perspectivas diante da entrada de Domingo Cavallo como novo condutor da economia argentina. Nessa madrugada, Ricardo López Murphy, até então ministro da Economia, pediu demissão. Os analistas consideram que a entrada de Cavallo pode dar um pouco mais de sustentação política às próximas medidas econômicas para corte de gastos e retomada de crescimento. Porém, o risco de uma moratória, apesar de ser totalmente negada por Cavallo, ainda é uma incerteza que pesa no rumo dos negócios no mercado financeiro. O dólar comercial abriu em alta e há pouco estava cotado em R$ 2,1140 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,05% em relação às últimas operações de ontem. No mercado de juros, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 18,400% ao ano, frente a 18,120% ao ano registrados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 1,40%. Em entrevista realizada há pouco, em Buenos Aires, Cavallo, reafirmou que manterá a política de paridade cambial. Também afirmou que pretende reduzir o déficit fiscal em, pelo menos, US$ 3 bilhões, mas não disse como pretende chegar a esse objetivo. Segundo apuração do correspondente Vladimir Goitia, Cavallo não fez críticas diretas ao plano anunciado na sexta-feira pelo ex-ministro Murphy, porém destacou que seus objetivos não são apenas de corte de gastos públicos, mas de retomada do crescimento. Cavallo já antecipou que as novas medidas serão anunciadas apenas depois de aprovadas pelos poderes competentes. Estados Unidos O cenário nos Estados Unidos também deve atrair a atenção dos investidores hoje. O Banco Central dos EUA divulga hoje, por volta de 16h (horário de Brasília), sua decisão sobre a taxa de juros no país, que está em 5,5% ao ano. A expectativa é por um corte entre 0,5 e 0,75 ponto porcentual. Uma atitude mais agressiva do FED pode provocar, ao menos momentaneamente, uma reação positiva nos mercados financeiros.

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