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Mercados avaliam novas medidas do BC

O BC ampliou as medidas para conter a escalada do dólar, que também podem provocar uma alta nas taxas de juros. Para o investidor, ganhou força a recomendação de investimento em aplicações que acompanham as taxas de juros, como os fundos DI

Por Agencia Estado
Atualização:

O clima de incertezas no mercado financeiro deixa os investidores cada vez mais cautelosos, mantendo as cotações do dólar pressionadas. Aqueles que têm moeda norte-americana em carteira não se desfazem do ativo, já que têm a expectativa de que o dólar suba ainda mais. Os que não têm compram, o que provoca a alta no preço da moeda, já que o volume de dólares no mercado está reduzido. Atento a um agravamento deste cenário, o Banco Central (BC) adotou medidas para tentar impedir a escalada das cotações que, desde o dia 11 de setembro - data dos atentados terroristas aos Estados Unidos -, acumulam uma alta de 5,02%, até ontem. Além da venda de dólares e de NBC-E (títulos cambiais), o BC determinou novas medidas relacionadas ao compulsório sobre depósitos à vista e a prazo e alterou as normas que limitam a compra de dólares por parte dos bancos (veja mais informações no link abaixo). Tais medidas devem reduzir em, aproximadamente, R$ 14 bilhões o volume de recursos no mercado. Ou seja, com menos dinheiro para emprestar, os bancos podem elevar as taxas de juros, fazendo com que os investidores migrem de aplicações vinculadas ao dólar para ativos que acompanham os juros. Isso reduz a demanda por moeda norte-americana, o que diminui a pressão sobre as cotações. Diante deste cenário, a recomendação de investimento em fundos referenciados DI - que acompanham as taxas de juros - ganhou força. Nesta aplicação, o investidor está protegido das oscilações que tomam conta dos negócios em momentos de incerteza e, além disso, caso as taxas de fato subam, a aplicação será favorecida por uma rentabilidade maior. Veja os números do mercado Às 10h40, o dólar comercial estava cotado a R$ 2,7150 na ponta de venda dos negócios, com queda de 0,84%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 24,550% ao ano, frente a 24,700% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 1,43%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires está em alta de 0,03%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - opera com queda de 0,05%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - está em baixa de 0,93%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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